Sebastian Vettel converteu a ‘pole position’ no Grande Prémio do Brasil na sua 13.ª vitória da temporada e nona consecutiva, espelhando o domínio que exerceu na corrida deste domingo em Interlagos e também em parte da temporada em que conquistou o seu quarto título mundial.
Numa corrida onde a chuva não se fez sentir, contrariamente ao que sucedera nos treinos e na qualificação, o alemão da Red Bull fez uma prova quase perfeita. Isto porque apesar de ter deixado patinar o seu monolugar na largada, perdendo a liderança para Nico Rosberg, não tardou a recuperá-la e a afastar-se rapidamente da concorrência.
A única mácula na corrida de Vettel foi mesmo provocada pela sua equipa, que não estava preparada quando chegou a altura da sua segunda paragem nas boxes. Só que a vantagem do germânico era de tal forma que nunca viu a sua liderança ameaçada, acabando por se impor por mais de 10 segundos.
O campeão do Mundo acabou por ter de partilhar a ribalta com o seu companheiro de equipa, já que para além de Mark Webber ter realizar o último grande prémio de Fórmula 1 da sua carreira – antes de se juntar à Porsche no Campeonato do Mundo de Resistência – o australiano fê-lo com estilo.
Embora tivesse perdido alguns lugares na prartida, Webber não tardou a deixar os Mercedes para trás e ir à procura de Fernando Alonso e ganhar-lhe a segunda posição para dar à Red Bull mais uma ‘dobradinha’.
O espanhol da Ferrari bem tentou um resultado que permitisse à sua equipa o vice-campeonato de construtores, mas teve mesmo que se contentar com o último lugar do pódio, ainda que nesse particular fosse determinante a penalização que fez Felipe Massa cair na classificação quando disputava o quarto posto com Lewis Hamilton.
O brasileiro, que fez o seu último grande prémio após uma década na Ferrari, não evitou pisar com as quatro rodas a marcação em ‘zebra’ da entrada das boxes e o castigo com ‘drive through’ foi inevitável. Massa ainda conseguiu recuperar até à sétima posição.
Contudo o resultado do piloto de São Paulo foi insuficiente para evitar que a Mercedes terminasse na segunda posição no campeonato de construtores. Pois se os problemas de pneus impediram Rosberg de ir além da quinta posição e uma colisão com Valtteri Bottas custou uma penalização que atirou Hamilton para o nono posto, essas classificações bastaram à marca da estrela.
Destaque ainda para a melhor exibição do ano de Jenson Button, que apesar de ter arrancado do 15.º lugar da grelha acabaria por realizar uma recuperação sensacional que o levou à quarta posição final. O melhor resultado da época para a McLaren.
Classificação
1.º Sebastian Vettel (Red Bull) 1h32m26,300s
2.º Mark Webber (Red Bull) + 10,452s
3.º Fernando Alonso (Ferrari) + 18,913s
4.º Jenson Button (McLaren) + 37,360s
5.º Nico Rosberg (Mercedes) + 39,048s
6.º Sergio Perez (McLaren) + 44,051s
7.º Felipe Massa (Ferrari) + 49,110s
8.º Nico Hulkenberg (Sauber) + 1m04,252s
9.º Lewis Hamilton (Mercedes) + 1m12,913s
10.º Daniel Ricciardo (Toro Rosso) + 1 volta
11.º Paul di Resta (Force India) + 1 volta
12.º Esteban Gutiérrez (Sauber) + 1 volta
13.º Adrian Sutil (Force India) + 1 volta
14.º Heikki Kovalainen (Lotus) + 1 volta
15.º Jean-Eric Vergne (Toro Rosso) + 1 volta
16.º Pastor Maldonado (Williams) + 1 volta
17.º Jules Bianchi (Marussia) + 2 voltas
18.º Giedo Van der Garde (Caterham) + 2 voltas
19.º Charles Pic (Caterham) + 2 voltas
