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Crise assumida na Sauber

A Sauber está a atravessar uma crise sem precedentes na sua história na Fórmula 1. E a falta de resultados nos quatro primeiros grandes prémios do ano são o reflexo disso mesmo.

Desde a época passada que a equipa suíça se debate com dificuldades financeiras, que para esta temporada se foram agudizando. Agora é a própria a assumir a difícil situação em que se encontra.

No recente Grande Prémio da Rússia os pilotos da Sauber andaram bem longe do meio do pelotão, com Marcus Ericsson a qualificar-se mesmo para a derradeira posição da grelha de partida. Tratou-se apenas do mais recente capítulo da crise que a equipa vive.

Se a equipa helvética nunca foi uma das formações de topo na F1, nunca antes se viu como a mais frágil do pelotão da disciplina, sendo mesmo já ultrapassada pela Manor, que era até ao ano passado a ‘lanterna vermelha’.

Em 2015, juntamente com a Force India, a Sauber reclamou que deveria ser mais ajudada e ter direito a uma ‘fatia’ maior no ‘bolo’ de receitas geradas pela Fórmula 1 – nomeadamente pelos direitos televisivos,.

Como resultado da perda de patrocínios e uma dependência quase exclusivas de um ‘sponsor’ (Banco do Brasil) que assegura a permanência de Felipe Nasr na equipa, a formação suíça pode vir a enfrentar uma situação de insolvência.

Já esta época Monisha Kalternborn, a dretora da equipa, fez ‘eco’ das preocupações que se vivem em Hinwil, mas só agora a Sauber assume implicitamente que está em dificuldades pela voz do seu ‘team manager’.

“Já estivemos numa posição mais confortável. Temos dificuldades financeiras, não é segredo nenhum, mas estamos a lutar para dar a volta o problema. Trabalhamos duramente para resolver estes problemas, mas não é fácil. Um orçamento anual este ano é enorme e para cobri-lo com os nossos patrocinadores e com as verbas vindas de Bernie (Ecclestone, patrão da F1) não é suficiente”, admite Beat Zehnder.

Em 2017 vão ser introduzidas alterações nos regulamentos, concentradas numa modificação da carroçaria, que Zehnder considera ser um desafio: “O impacto financeiro para uma pequena equipa como a Sauber torna tudo muito difícil. Não apenas os carros não podem usar peças usadas na época anterior, é também uma lista de investimentos que temos de fazer, a começar pelos cobertores dos pneus e por aí fora. Faltam-nos milhões e para uma pequena equipa é um tempo difícil”.

Aliás, terá sido a dificuldade em ter peças novas que levou a Sauber a reutilizar algumas ultrapassadas no GP da Rússia, causando algum queixume por parte de Felipe Massa. E o facto da equipa anunciar que não estará presente nos testes coletivos para Barcelona são o sintoma de que as coisas terão já ‘batido no fundo’ em Hinwil.

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