Desporto

Formação do Torreense ensina os pais a comportarem-se nas bancadas

O Torrense criou uma escola para educar os pais dos atletas dos escalões de formação, de forma a contrariar o crescente aumento da violência em jogos das camadas jovens.

Longe vão os tempos em que a bola era apenas uma brincadeira. Muitos pais, que enquanto novos não conseguiram fazer carreira no futebol, pressionam os filhos a serem ‘o próximo Ronaldo’.

Uma pressão que não acontece apenas dentro das quatro linhas, com vários episódios de violência a nascerem nas bancadas.

O fenómeno ocorre com cada vez mais frequência nos escalões de formação, ou seja, nos quais era suposto a criança crescer como futebolista… e como pessoa.

Foi assim que Rui Moura, o coordenador do gabinete de psicologia do SC União Torreense, teve uma ideia que merece ser festejada como um golo: criar uma escola para ensinar os pais a dizerem não à violência.

Surgiu assim a Escola de Pais Parceiros, que procura envolver as famílias através do binómio educação/formação.

Sob o lema “Nutra-se, Mentalize-se e Eduque com Ética”, mais de 340 atletas dos escalões de formação do Torreense e cerca de 700 pais trabalham em conjunto as noções de participação e responsabilidade.

O clube é assim uma família alargada, que não aceita comportamentos violentos e que deixa os mais pequenos crescerem a nível desportivo e cívico, recebendo a devida formação ao nível da passagem de valores e da mudança de mentalidades e comportamentos.

Cabe aos filhos dar espectáculo, no relvado, enquanto o papel dos pais é participar como apoio nas bancadas.

A Escola de Pais Parceiros torna-se assim num modelo a seguir, não apenas no futebol, mas em qualquer modalidade.

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