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Forças do marechal Haftar dizem ter capturado piloto de origem portuguesa

As forças leais ao marechal Khalida Haftar anunciaram hoje ter abatido na Líbia um avião das forças leais ao Governo reconhecido pela ONU e capturado o piloto, que afirmam ser de origem portuguesa, noticia a agência turca Anadolu.

Em comunicado, citado pela agência, as forças leais a Haftar, que controla o leste da Líbia, dizem ter abatido um avião do Governo de Acordo Nacional (GAN) que teria tentado atacar posições no distrito de Hira, a sul de Tripoli.

“O piloto do avião, de origem portuguesa, foi detido”, diz o mesmo comunicado citado pela agência, sem adiantar pormenores.

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial do Ministério da Defesa diz que “não se trata de qualquer militar que esteja integrado numa operação da Força Aérea naquela zona”.

Segundo a agência France Presse, na página oficial do Exército Nacional Líbio (ENL), de Haftar, o piloto é apresentado como “um mercenário português”.

O ENL divulgou imagens do piloto, que parece ferido, e numa dessas fotografias pode ver-se o comandante das operações militares do ENL na região oeste, general Abdessalem al-Hassi, acrescenta a AFP.

Até agora, acrescenta a agência francesa, o GAN não confirmou nem desmentiu estas informações.

Num vídeo do suposto piloto, um dos combatentes do ENL pergunta-lhe em inglês se é militar e ele responde: “Não. Sou um civil”.

A Líbia tem sido vítima do caos e da guerra civil desde que, em 2011, a comunidade internacional contribuiu militarmente para a vitória dos diferentes grupos rebeldes sobre a ditadura de Muammar Khadafi (entre 1969 e 2011).

Os combates opõem as forças do Governo de Acordo Nacional, reconhecido pela comunidade internacional, ao Exército Nacional Líbio proclamado pelo marechal Haftar, homem forte do leste líbio que ordenou, em 04 de abril, a conquista da capital, Tripoli.

Segundo as Nações Unidas, os confrontos já causaram pelo menos 432 mortos, 2.069 feridos e mais de 55 mil deslocados.

Os dois lados acusam-se mutuamente de recorrer a mercenários estrangeiros e de beneficiar do apoio militar de potências estrangeiras.

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