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Forças de segurança venezuelanas detêm chefe de gabinete de Juan Guaidó

As forças de segurança venezuelanas detiveram hoje o chefe de gabinete do líder opositor Juan Guaidó durante buscas na sua casa, anunciou um deputado da oposição.

O advogado Roberto Marrero foi levado por agentes dos serviços de informação numa operação realizada muito cedo hoje em Caracas, disse o parlamentar Sergio Vergara, cuja residência fica nas proximidades e que também foi alvo de buscas.

Vergara disse que foi acordado por fortes pancadas na porta e que os agentes lhe apontaram armas.

“Sequestraram Roberto Marrero, chefe do meu escritório (…). A operação começou às 02:00 horas aproximadamente. Nós não sabemos do seu paradeiro. Ele deve ser libertado imediatamente”, escreveu por seu lado Juan Guaidó, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

Marrero e Vergara acompanharam Guaidó numa viagem recente a países da América Latina para aumentar o apoio internacional aos seus esforços para remover Maduro da Presidência venezuelana.

Vergara também publicou uma mensagem na mesma rede social sobre este episódio e referiu que as forças de segurança venezuelanas estavam a violar a sua imunidade parlamentar.

Os Estados Unidos e cerca de 50 países da comunidade internacional, incluindo Portugal, reconheceram o opositor e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como Presidente interino da Venezuela, negando a legitimidade do governo liderado pelo Presidente Nicolás Maduro.

Na Venezuela, a confrontação entre as duas fações tem tido repercussões políticas, económicas e humanitárias.

No país residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.

Os mais recentes dados das Nações Unidas estimam que o número atual de refugiados e migrantes da Venezuela em todo o mundo se situa nos 3,4 milhões.

Só no ano passado, em média, cerca de 5.000 pessoas terão deixado diariamente a Venezuela para procurar proteção ou melhores condições de vida.

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