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Forças armadas russas reforçam defesa na Crimeia com mais mísseis antiaéreos

As forças armadas russas estão a reforçar os mecanismos de defesa na península da Crimeia com mais mísseis antiaéreos, após o incidente no fim de semana com navios ucranianos no Mar Negro, anunciou fonte do Ministério da Defesa em Moscovo.

A agência de notícias Interfax noticiou hoje que o coronel Vadim Astafyev, alto funcionário do Ministério da Defesa russo, declarou que a Rússia acrescentará um sistema de mísseis antiaéreos S-400 aos três já instalados na península.

O anúncio é feito após embarcações russas terem apresado no domingo três navios militares ucranianos – duas pequenas lanchas blindadas e um rebocador –, tendo feito uma vintena de prisioneiros no estreito de Kerch, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov.

Este incidente armado fez também diversos feridos entre os ucranianos – seis, segundo Kiev, e três, segundo Moscovo – e desencadeou reações de condenação na Ucrânia e em vários dos seus aliados ocidentais.

A Ucrânia afirmou que os seus navios operavam de acordo com as regras marítimas internacionais, enquanto a Rússia alegou que estavam a violar as suas águas territoriais.

As autoridades ucranianas divulgaram hoje o que disseram ser o local exato onde os seus navios foram apresados pela Rússia, demonstrando que estavam em águas internacionais.

Um tribunal da Crimeia ordenou na terça-feira que 12 dos 24 marinheiros ucranianos fossem mantidos sob custódia. Outros marinheiros da Ucrânia devem ser hoje apresentados em tribunal.

Hoje, o Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, promulgou a lei marcial na Ucrânia, devido à crescente tensão com a Rússia. A lei estará vigente durante 30 dias em dez regiões fronteiriças e na zona costeira do país.

Nos últimos meses, Kiev e o Ocidente têm com regularidade acusado a Rússia de deliberadamente “colocar entraves” à navegação de barcos comerciais ucranianos entre o mar Negro e o mar de Azov.

A Rússia anexou em 2014 a península ucraniana da Crimeia e é acusada por Kiev e pelo Ocidente de apoiar militarmente os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, num conflito que já fez mais de 10.000 mortos.

Moscovo nega o seu envolvimento militar, apesar das numerosas provas recolhidas por diversos órgãos de comunicação social internacionais.

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