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Força Aérea afirma que deslocalização da frota pode ser inferior a 200ME

O chefe do Estado-Maior da Força Aérea disse hoje que o custo da deslocalização da frota da base do Montijo ainda está a ser estudado, admitindo que poderá ser inferior aos cerca de 200 milhões de euros estimados.

“Os valores estão ainda a ser apreciados e estudados, mas provavelmente poderá ser inferior a esses (200 milhões inicialmente estimados). Com o tempo os valores evoluem, mas a seu tempo será encontrado o enquadramento financeiro para que isso aconteça”, disse à Lusa Manuel Rolo, no final na cerimónia de assinatura do acordo de financiamento de expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, que decorreu hoje na Base Aérea n.º 6, no Montijo, distrito de Setúbal.

Quando questionado se já é possível avançar se os custos serão suportados pelo Governo ou pela ANA – Aeroportos de Portugal, Manuel Rolo afirmou que “não cabe à Força Aérea Portuguesa pronunciar-se sobre isso”.

De acordo com uma estimativa avançada pelo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, no passado dia 30 de novembro, a deslocalização das aeronaves da Força Aérea que estão na base do Montijo custará perto dos 200 milhões de euros, demorará pelo menos dois a três anos e o financiamento é assegurado pela contratualização com a ANA e a Vinci.

Já o chefe do Estado-Maior da Força Aérea disse hoje que, ao que tudo indica, “a deslocalização deve acontecer simultaneamente ao início das obras” do novo aeroporto.

“Se as obras começarem em 2019, no final do segundo semestre ou no final do primeiro, é possível que algo aconteça por essa altura”, indicou.

Manuel Rolo explicou ainda que a Força Aérea vai continuar a operar na Base Aérea n.º6 de forma parcial, “mantendo uma esquadra de transporte”.

“Não é uma saída completa da Força Aérea. Isso não impede e não obstaculiza a construção do novo aeroporto do montijo e vai ser possível operar em simultâneo”, garantiu.

De acordo com o responsável, será necessário “redimensionar e organizar” o dispositivo da força aérea em função do tipo de aeronaves e deslocalizá-las para diferentes unidades no país, onde pode ser necessário “construir infraestruturas adequadas para poderem operar que nas mesmas condições que o Montijo”.

O chefe do Estado-Maior da Força Aérea não vê esta operação como uma preocupação, mas sim “como um desafio”.

Manuel Rolo indicou, assim, que os helicópteros serão colocados na Base Aérea n.º1, em Sintra e que as esquadras de transporte irão para Beja, e talvez exista a possibilidade de colocar uma delas em Ovar.

Na segunda-feira o PSD informou que vai chamar o ministro da Defesa e o chefe do Estado Maior da Força Aérea ao parlamento para prestarem esclarecimentos sobre as implicações do novo aeroporto nas missões do ramo sediadas na base do Montijo.

Na base aérea n.º 6 estão sediados a frota de aviões de transporte C130 Hercules, a frota de C295 M com as missões transporte, vigilância marítima de busca e salvamento, os Falcon 50 e os helicópteros Merlin EH 101, de busca e salvamento e o apoio aos helicópteros Lynx, da Marinha.

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