Para que uma fonte próxima a Rui Rio não desfaça o tabu sobre a corrida presidencial, o próprio Rui Rio veio a público afirmar que “não existem fontes próximas de mim”. E essa única fonte não vai “confirmar, nem desmentir” se o ex-autarca entra ou não nas presidenciais.

Fontes próximas a Rui Rio dizem que o antigo presidente da Câmara do Porto não descarta entrar na corrida a Belém, mas outras fontes, também próximas a Rui Rio, asseguram que o ex-autarca não tenciona regressar tão cedo à política.

E, afinal, o que diz o próprio Rio Rio?

“Não existem fontes próximas de mim, muito menos fontes bem informadas”, esclareceu o único interessado, numa resposta por escrito enviada ao Diário de Notícias.

Na mesma mensagem, Rui Rio complementou: “As únicas que poderão existir são fontes anónimas, mas essas serão tão anónimas que nem eu as conheço de lado algum”.

Com tudo isto, o antigo vice-presidente mantém o tabu sobre uma eventual entrada na corrida presidencial.

Perdão: os tabus, pois também houve fontes, próximas a Rui Rio, a abrir as hipóteses da candidatura à liderança do PSD e ao afastamento por completo da vida política ativa.

Sobre Belém, a única certeza é a que o próprio gestor tem repetido publicamente: recusa-se a “alimentar a discussão sobre o tema, pelo que não vou confirmar, nem desmentir a afirmação” de que só decide após as eleições legislativas, “como também não confirmaria, nem desmentiria, se tivesse sido feita no sentido contrário”, ou seja, antes das legislativas.

“Estas foram as regras que estabeleci para mim próprio”, justificou-se o ex-autarca, no texto enviado ao DN.

O mesmo jornal publicou uma explicação para estas “regras”, avançadas por um ex-dirigente do PSD “próximo de Rui Rio”. O antigo edil do Porto “não quer ser visto como um taticista, nem como calculista, daí todo este silêncio”.