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Fogo na Grande Canária começa a estar controlado e alguns moradores regressam a casa

Os moradores de vários centros populacionais da ilha espanhola da Grande Canária, retirados das suas casas devido ao incêndio florestal que afeta a ilha, começaram a regressar às suas casas, uma vez que o fogo começa a estar controlado.

“Em poucas horas, o incêndio pode estar com umas perspetivas magníficas. Esta tarde muitas pessoas vão começar a regressar e também amanhã [quarta-feira], se as condições permitirem, primeiro nos centros urbanos mais seguros”, afirmou o autarca Ángel Victor Torres, que visitou o posto de comando do dispositivo de combate a incêndios e sobrevoou a zona afetada, acompanhado da ministra da Defesa, Margarita Robles.

Devido à dimensão do incêndio, cerca de 10 mil pessoas foram forçadas a deixar as suas casas.

O incêndio não foi ainda extinto, nem sequer controlado ou estabilizado, insistiu Torres, mas “foi em grande parte contido e gradualmente se conseguirá a extinção”.

O objetivo é fazer todo o possível nas próximas 24 horas, com umas condições meteorológicas favoráveis, antes que se produza um novo aumento nas temperaturas, previstas para o próximo fim de semana.

Dada esta previsão, o governo das ilhas Canárias pediu ao Estado para manter todos os meios possíveis de combate a incêndio no arquipélago.

Sobre as causas do começo do incêndio, Torres disse que era preciso esperar pela investigação, mas sublinhou que “a maioria dos incêndios são causados pelo ser humano”, intencionalmente ou fortuitamente.

A ministra da Defesa apontou que a previsão dos técnicos é que o fogo estabilize nos próximos dois dias. Depois de ter sobrevoado a área afetada, declarou que a área está “amplamente devastada”, mas que a situação nas últimas horas se tornou mais otimista.

Na segunda-feira à noite, Ángel Víctor Torres e o ministro da Agricultura, Pesca e Alimentação, Luis Planas, adiantaram que o incêndio tinha um perímetro de 60 quilómetros e afetava oito municípios da ilha.

Durante a noite, 470 operacionais combateram o fogo e hoje de madrugada o dispositivo foi reforçado com os meios aéreos a subirem de 16 para 21.

Durante três dias, o fogo avançou pelo cume a norte da Grande Canária, de leste a oeste, sem a possibilidade de controlo em várias das suas frentes, porque a altura das chamas e as condições meteorológicas (alerta laranja para o calor) tornaram tecnicamente impossível a extinção do incêndio.

Os difíceis acessos nalgumas zonas, as altas temperaturas e a baixa humidade estão a dificultar o combate às chamas.

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