A maneira como a indústria automóvel está a encarar o futuro está a alterar-se rapidamente, com a progressiva redução dos motores, que acontece simultaneamente com o aumento do tamanho da generalidade dos modelos.
E a Ford é só o mais um construtor a efetuar o ‘downsizing’ dos seus propulsores, primeiro com blocos diesel ‘common rail’ concebidos em colaboração com a PSA (Peugeot/Citroën) e FIAT, e agora com motores a gasolina com potências impensáveis há uma dúzia de anos, a que a marca de Detroit chamou EcoBoost.
O Focus 1.0 EcoBoost materializa a filosofia que preside à mais recente engenharia da Ford, que privilegia o ambiente e os baixos consumos, e que permite uma redução substancial do preço modelo no mercado, face à nossa fiscalidade.
Assim não é de estranhar que este Ford – vendido em Portugal desde o começo do passado mês de maio – sobressaia pelos menos de 20 mil euros a que é proposta a sua versão de base, quer se trate da versão ‘hatchback’ quer Station Wagon (19 750 euros). Tudo isto ajuda a perceber a grande demanda que a versão está a ter por toda a Europa, onde já representa um quarto das ecomendas do modelo Focus.
Esticamente, a versão 1.0 EcoBoost distingue-se dos demais Focus pelo logo ECOnetic Technology – que engloba a grelha dianteira com sistema ativo destinado a melhorar aerodinâmica, o sistema regenerativo inteligente (que ajuda a manter a carga de bateria permitindo também reduzir o consumo), o EcoMode (que ensina a adotar uma condução mais eficiente através de gráficos no painel de instrumentos) e indicador de mudança a utilizar.
Obviamente que para alguns fará alguma confusão como é que um pequeno motor de 1000 cc com apenas três cilindros poderá ser potente. Mas isso tornou-se possível graças ao sistema Ti-VCT e função Overboost, que permite rentabilizar o efeito do turbocompressor, mormente ao nível das recuperações, ainda que os 125 cv de potência só se façam mesmo notar a partir das 3000 rpm.
Falando mais complicado, o segredo do motor está na sua eletrónica avançada, um turbo miniaturizado, uma injeção direta, um coletor de escape integrado no motor, um sofisticado sistema de controlo térmico, um sistema start & stop e no desequilíbrio do eixo volante motor/cambota.
Mercê de uma caixa de seis velocidades bem escalonada, podemos ter uma suave progressão de velocidade, ou acelerar rapidamente para os 100 km/h com a passagem de segunda para terceira e ver a pronta resposta do motor, quase sem quebras.
Tudo isto ajuda a perceber que entre uma condução moderada ou desportiva exista apenas uma diferença entre consumir 4,1 ou 6,0 litros 1,5 litros aos 100 km: Facto inigualável por qualquer automóvel no mercado com um motor de semelhante potência.
Assim é possível acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 12 segundos e atingir uma velocidade máxima de 193 km/h. Performances que não implicam uma perda ao nível das emissões de CO2, que se ficam pelos 114 g/km na variante ‘hatchback’ e nos 117 g/km na Station Wagon.
De modo a assinalar o lançamento do Focus 1.0 EcoBoost a Ford criou uma edição especial e limitada, designada por Edition – muito semelhante à conhecida Titanium – onde a relação preço/equipamento é o grande argumento.
O Edition propõe de série, o ar condicionado automático duplo, o Bluetooth com controlo de voz em português, entrada USB, botão de arranque FordPower, chave inteligente, jantes em liga leve de 17 polegadas, vidros escurecidos, retrovisores exteriores elétricos e aquecidos, computador de bordo, airbags laterais e de cortina, ABS com controlo de estabilidade e tração, controlo automático de velocidade, sistema de vectorização do binário e sistema de abastecimento EasyFuel.
Fotogaleria:
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