Nas Notícias

FMI, subida do consumo e descida das taxas fazem Angola crescer 2,8% – Standard Bank

O gabinete de estudos económicos do banco Standard previu hoje que Angola cresça 2,8 por cento este ano e 3,7 por cento em 2020, impulsionada pelo acordo com o FMI, aumento do consumo privado e descida das taxas de juro.

“Mantemos a nossa previsão para o crescimento do PIB este ano em 2,8 por cento, acelerando para 3,7 por cento em 2020, impulsionada pelo esperado aumento da despesa privada que deve ser apoiada pela descida da inflação e das taxas de juro, melhorias na liquidez de moeda externa e avanços nas reformas estruturais elencadas no Plano de Desenvolvimento Nacional”, dizem os analistas.

Na análise de janeiro ao andamento das economias da África subsaariana, a que a Lusa teve acesso, os economistas deste banco sul-africano com uma forte presença no continente escrevem que a economia de Angola deve ter crescido 0,2 por cento no último trimestre de 2018, invertendo uma tendência de crescimento negativo que se registou nos últimos três anos.

“Os números do PIB do terceiro trimestre do ano passado, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, mostram um abrandamento da recessão que carateriza a economia desde 2016”, argumentam os economistas, apontando que “o ritmo de contração do PIB declinou de 4,5 por cento no segundo trimestre para 1,6 por cento no terceiro trimestre”.

Sobre a perspetiva de evolução da economia, o Standard Bank mantém uma perspetiva positiva, aliás expressa no título da análise – Saindo da Recessão, Restaurando a Estabilidade Macroeconómica – e vinca a importância das privatizações.

“Um número de reformas iniciadas no ano passado, nomeadamente a aprovação das leis de investimento e concorrência, e as mudanças no ambiente regulatório para o setor do petróleo, podem ajudar a aumentar o investimento e a procura interna”, afirmam, concluindo que esperam que as privatizações “ajudem a potenciar os investimentos privados e permitam a reestruturação do papel do Governo na capacidade produtiva da economia”.

Em destaque

Subir