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FMI revê em baixa crescimento da economia de Macau e aconselha nova política fiscal

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa a previsão de crescimento da economia de Macau em 2019 e recomendou novas políticas fiscais para reduzir dependência das receitas do jogo, lê-se num relatório hoje divulgado.

Em fevereiro, o FMI já baixara a estimativa de crescimento da economia do território para este ano em um ponto percentual, para os 5,5 por cento. Agora, prevê 4,3 por cento em 2019 e 4 por cento a médio prazo.

Entre elogios ao desempenho das políticas governativas ao nível económico, pela prudência traduzida nas reservas financeiras e esforço de diversificação da indústria, o FMI deixa algumas recomendações e alerta para riscos externos.

Por um lado, aconselha as autoridades de Macau a criarem uma agenda fiscal capaz de reduzir a dependência das receitas do jogo, que chegam a representar quase 80 por cento do que é arrecadado naquele que é o único território da China onde os casinos são legais.

Por outro, recomenda mais investimento público e maior despesa na área social (na educação e no apoio a idosos), o que permitiria promover a diversificação da economia, bem como a inclusão social, respetivamente.

O agravamento da tensão comercial China/Estados Unidos volta a ser mencionada como um dos riscos com “impacto significativo” no território, já que colocaria em risco o fluxo de turistas do interior da China e o investimento das três operadoras de casinos norte-americanas que exploram o jogo em Macau.

Entre as ameaças, o FMI destacou ainda a crescente competitividade na indústria do jogo na Ásia, com os emergentes mercados de Singapura, Filipinas, Japão, Vietname e Coreia do Sul.

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