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FMI prevê que Brexit em rutura possa custar 1,5 por cento do PIB da UE na próxima década

O Fundo Monetário Internacional (FMI) previu hoje que uma saída britânica “dura” da União Europeia (UE) em 2019 possa ter um efeito negativo na economia comunitária de 1,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) conjunto a longo prazo.

Segundo o FMI, esse efeito negativo teria especial incidência na Irlanda, Bélgica e Holanda.

“A força da integração entre a zona euro e o Reino Unido implica que não haja vencedores com o ‘Brexit'”, afirmou o FMI num documento sobre as consequências do processo de saída de Londres do bloco comunitário.

Os cálculos da instituição financeira indicam que os custos em caso de uma “saída dura”, ou seja, com rutura total e sem acordo de comércio livre com a UE, podem significar uma redução 1,5 por cento do PIB comunitário, num período entre cinco e 10 anos.

O FMI referiu que os efeitos nos diferentes países seriam díspares em função da sua ligação ao Reino Unido e situou a Irlanda, Holanda e Bélgica como os mais afetados.

Num cenário mais pessimista, a Irlanda poderia ver o seu PIB baixar até 4 por cento, enquanto na Holanda e Bélgica a queda atingiria 1 por cento.

Numa conferência telefónica, Mahmood Pradhan, responsável pela zona euro no FMI, destacou a incerteza prolongada sobre os termos do ‘Brexit’.

“Estamos muito preocupados. O processo vai adiantado e não vemos com clareza qual a futura relação, numa altura em que se aproximam importantes datas limite”, disse Pradhan.

A saída formal do Reino Unido da UE, aprovada em referendo em 2016, está prevista para março de 2019.

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