Troika não veio para ficar. Segundo o responsável do Fundo Monetário Internacional, “Portugal não necessitará de novo apoio internacional”. Poul Thomsen sustenta ainda que a crise da dívida pública será ultrapassada.
O pedido de resgate feito por Portugal será suficiente e dispensará recursos extraordinários, refere Poul Thomsen, um dos elementos do FMI e da troika, que negociaram o plano de resgate e estabeleceram o memorando de entendimento.
Depois de avaliar as medidas adotadas pelo Governo e o cumprimento desse memorando, além da reação dos mercados à situação lusa, a troika ficou confiante na recuperação económica do país.
“Portugal poderá voltar aos mercados depois da aplicação do plano de resgate”, afirmou Thomsen. A hipótese de cenário contrário foi aventada, com o alastramento da crise na Zona Euro e a potencial insuficiência das medidas de austeridade.
No entanto, o Governo foi adicionando austeridade para além da que estava prevista no memorando, com a finalidade de rebater o desvio orçamental das contas públicas. Hoje mesmo o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, apresentou um agravamento do IVA na eletricidade e no gás.
A troika já elogiara o Governo, sustentando que Passos Coelho foi além do programado no acordo. Agora surgem mais elogios e confiança de que o País ‘sobreviverá’ a esta crise da dívida sem necessidade de novo empréstimo.
Na primeira avaliação, Portugal mereceu nota positiva e deixou Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu “impressionados”. Contudo, o pior poderá estar para vir…