O Fundo Monetário Internacional corrigiu as previsões para este ano na zona euro. Nesta revisão, a recessão será mais grave devido, entre outros factores, à “confiança deprimida”. As previsões para o crescimento da economia mundial também foram moderadas por baixo.
A recessão na zona euro durante este ano será mais grande do que o Fundo Monetário Internacional previu, admitiu a mesma instituição num relatório intercalar. Ao invés de cair 0,4 por cento, a economia dos 17 deverá recuar 0,6 por cento, segundo a nova revisão das projeções.
Sem referir o caso concreto de Portugal, quase a ser sujeito à oitava avaliação da troika, o FMI deixou alguns recados especiais sobre a economia espanhola. Se a previsão para o PIB se mantém (contração de 1,6 por cento) para este ano, o mesmo não acontece com a projeção para 2014: ao invés de uma retoma de 0,7 por cento, a Espanha deverá estagnar em 2014.
No geral, a recuperação económica dos 17 membros da zona euro será, segundo o FMI, mais lenta do que o previsto inicialmente: os um por cento foram revistos em uma décima, prevendo-se para 2014 um crescimento de 0,9 por cento.
A tendência é semelhante na análise à economia mundial, mas com efeitos já este ano. O crescimento, que se previa de 3,3 por cento, deverá ser apenas de 3,1 por cento, o mesmo indicador registado no ano passado. Em 2014, a retoma não chegará aos quatro por cento, devendo ficar pelos 3,8 por cento.
A revisão em baixa das previsões é justificada com a interação entre “a fraca procura, a confiança deprimida e os balanços frágeis”, o que tornou “ainda mais fortes os efeitos no crescimento e o impacto das condições orçamentais e financeiras muito restritivas”, de acordo com o relatório intercalar.