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FMI tem de se “chegar à frente” para resolver desequilíbrios

O secretário de Estado do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, desafiou hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI) a “chegar-se à frente” e ajudar a resolver os desequilíbrios económicos desencadeados por alguns membros do Fundo.

“O FMI tem de se chegar à frente nesta matéria, dando uma voz mais robusta e notando consistentemente quando os membros mantêm políticas comerciais, de comércio externo e macroeconómicas que facilitam uma vantagem competitiva injusta e levam a um crescimento desequilibrado”, disse o governante numa declaração enviada à direção do FMI.

A resposta de Mnuchin surge no final de uma semana em que as tensões comerciais motivadas pela imposição de tarifas às importações norte-americanas de aço e alumínio foram repetidamente apresentadas como uma dos principais nuvens a ensombrar um crescimento económico positivo, a par do elevado nível da dívida pública e privada.

Na declaração, o equivalente ao ministro das Finanças nos governos europeus exortou o Fundo a manter-se dentro do seu “mandato central” de promoção de melhorias no emprego, no rendimento e na produtividade, através da estabilidade monetária e do comércio livre.

“O FMI não cria crescimento, ao invés, uma atividade robusta do setor privado, sistemas financeiros resilientes, e o dinamismo laboral alimentar a expansão económica e a geração de riqueza”, disse o governante num comunicado excecionalmente acutilante para aquele que é o maior acionista do FMI.

Na resposta, a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, vincou hoje que a sua “preocupação final” é fazer descer a tensão entre os EUA e a China antes que tenha efeitos concretos sobre a economia mundial.

“A minha preocupação principal é que esses problemas se resolvam antes de serem um obstáculo ao crescimento económico global”, disse a antiga ministra das Finanças de França na conferência de imprensa do comité político do FMI, que decorreu esta tarde.

Lagarde vincou que durante os Encontros da Primavera do FMI recebeu um “impulso importante” para o diálogo, mas explicou que as conversações nem sempre serão públicas.

“Vamos continuar com este diálogo de forma pacífica e discreta. Não o vamos fazer necessariamente na presença da imprensa ou através de comunicados; vamos trabalhar baseando-nos no livre comércio, nas suas regras e nas regras das instituições internacionais”, concluiu Lagarde.

Lusa

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Lusa
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