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FMI avalia em Angola cumprimento do Programa de Financiamento Ampliado

Uma missão de avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI) está em Luanda para analisar o cumprimento das metas estabelecidas ao abrigo do acordo com o Governo angolano sobre o Programa de Financiamento Ampliado (PFA), anunciou o executivo.

Num comunicado enviado hoje à agência Lusa, o Ministério das Finanças angolano indica que a missão é liderada por Mário Zamaroczy e que permanecerá em Angola até 02 de abril, dia em que está prevista a divulgação de uma nota sobre as principais conclusões da avaliação.

Segundo o documento, a missão do FMI está em Luanda desde 20 deste mês, mas só esta semana começou os contactos oficiais com a equipa económica do Governo angolano, estando previstos encontros com os ministros de Estado e do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior; das Finanças, Archer Mangueira; da Economia e Planeamento, Pedro da Fonseca, e do Comércio, Jofre Van-Dúnem.

Nas reuniões, que incluem ainda um encontro com o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, a missão vai avaliar o balanço das reformas económicas em curso no país, bem como monitorizar o processo de implementação do PFA, instrumento de financiamento que visa apoiar o Programa de Estabilização Macroeconómica (PEM) em Angola.

Os principais objetivos do programa passam por reduzir as vulnerabilidades fiscais, fortalecer a sustentabilidade da dívida, reduzir a inflação, implementar um regime cambial flexível, bem como assegurar a estabilidade do setor financeiro e fortalecer o quadro de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

A 07 de dezembro de 2018, o Conselho Executivo do FMI aprovou o Programa de Financiamento Ampliado, com duração de três anos, no montante de cerca 3,7 mil milhões de dólares (3,2 mil milhões de euros) – 361 por cento da quota de Angola na instituição – para apoiar o Programa de Reformas Económicas em Angola.

Paralelamente, a missão do FMI vai visitar vários projetos estruturantes e de alto impacto económico e social em curso em Angola, como o aproveitamento hidroelétrico de Laúca e as obras de construção do Aproveitamento Hidroelétrico de Caculo-Cabaça.

Trata-se da primeira avaliação do PFA, que pode dar “luz verde” a uma nova “tranche” do financiamento concedido em dezembro, quando ficou disponível uma primeira parcela de cerca de mil milhões de dólares (870 milhões de euros), deixando duas outras para aceder no fim de avaliações periódicas.

Angola é membro do FMI desde setembro de 1989.

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