Nas Notícias

Fitch melhora previsão para o PIB e para o défice este ano

A agência de notação financeira Fitch melhorou hoje as suas previsões para a economia portuguesa, este ano, para um crescimento de 1,9 por cento e para um défice de 0,1 por cento do PIB, alinhando com as estimativas do Governo.

“A Fitch prevê agora que a economia portuguesa cresça 1,9 por cento em 2019, uma revisão em alta face à previsão de maio, de 1,7 por cento”, indica a Fitch, na nota de análise onde manteve o ‘rating’ de Portugal em ‘BBB’ com perspetiva positiva.

Para 2020 e 2021, a agência de notação financeira antecipa um crescimento real do PIB de 1,7 por cento e 1,9 por cento, respetivamente, abaixo da previsão do Governo, de uma expansão de 2 por cento no próximo ano.

Ao nível das finanças públicas, a Fitch refere que, “depois do défice de 0,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, prevê que o défice de Portugal se fixe em 0,1 por cento do PIB em 2019, abaixo da meta inicial do Governo, de 0,2 por cento”.

Em 24 de maio, a agência de notação financeira Fitch antecipava que o défice orçamental ficasse em 0,5 por cento do PIB este ano – ainda antes da revisão das Contas Nacionais portuguesas com a nova base 2016, divulgada em setembro, onde o Instituto Nacional de Estatística melhorou o défice de 2018 para 0,4 por cento do PIB -, o que correspondia a mais do dobro da previsão do Governo, de 0,2 por cento, naquela altura.

Desta forma, a agência de notação financeira alinha com a estimativa que o Governo inscreveu no Projeto de Plano Orçamental para 2020, enviado à Comissão Europeia em 15 de outubro, no qual prevê um défice de 0,1 por cento este ano, antecipando para 2020 um saldo orçamental nulo.

A Fitch indica também que os objetivos do executivo português de um saldo orçamental equilibrado no final de 2020, excedentes orçamentais primários, em média, de cerca de 3 por cento do PIB nos próximos quatro anos e uma redução da dívida pública até aos 100 por cento do PIB em 2023 são “amplamente consistentes” com o seu cenário base.

“No entanto, a ausência de um orçamento final para 2020 (ainda numa fase de projeto) deixa alguma incerteza sobre as medidas” a adotar, alerta a agência de notação.

Em destaque

Subir