Economia

Financial Times quer Portugal a pedir ajuda para 2013

EuroA pressão para que Portugal peça um segundo pacote de ajuda financeira continua a subir de tom. Hoje, foi a vez do influente jornal económico Financial Times se juntar aos que insistem na necessidade de reforçar os apoios à economia nacional.

O inglês Financial Times (FT), um dos jornais económicos mais prestigiados do mundo, abordou na edição de hoje o estado da economia nacional para considerar que Portugal deve começar já a preparar o pedido de um segundo pacote de ajuda.

O apoio não seria para já, apenas para o próximo ano, uma vez que o atual quadro de apoio vai durar até 2013. Contudo, a recente queda de notação por parte da agência Standard & Poors, que igualou as outras agências (Moody’s e Fitch) ao classificar a República Portuguesa numa categoria vulgarmente apelidada de lixo, vai dificultar o acesso de Portugal aos mercados no próximo ano.

Segundo os analistas, “parece agora mais distante” a possibilidade de Porugal se conseguir financiar nos mercados, tanto mais que os juros da dívida mantêm uma trajetória ascendente.

O peso da dívida nacional no produto interno bruto é já de 105 por cento, níveis “insustentáveis” numa época de recessão, como é a atual: embora nenhum dos líderes europeus se pronuncie como tal. O FT acrescenta ainda (embora sem referir os efeitos das contínuas medidas de austeridade) que a competitividade portuguesa continua em queda e que a economia nacional continua sem conseguir crescer.

“Também há sinais positivos”, contrapõe o jornal britânico: “o desempenho das exportações foi positivo no ano passado e o novo governo provou que é estável e eficaz, implementando reformas para agrado dos credores”.

A agência Bloomberg, por seu turno, deu hoje expressão às preocupações dos investidores na economia nacional, os quais temem novos cortes da dívida. Na semana passada, o instituto Kiel brandiu a hipótese de Portugal pedir o perdão de 56 por cento da dívida, enquanto o grupo Strategy Economics foi ainda mais longe: o presidente Matthew Lynn acredita que o incumprimento por parte de Portugal será o fim da moeda única.

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