Economia

Finanças dizem que Portugal tem “bases sólidas” para continuar a crescer

O Ministério das Finanças destacou hoje que a economia tem “bases sólidas” para continuar a crescer, após ter sido divulgado que o PIB aumentou 1,8 por cento no primeiro trimestre em termos homólogos e 0,5 por cento em cadeia.

“A economia portuguesa tem hoje bases sólidas para continuar a crescer e a convergir com a Europa no futuro, mesmo num contexto de maiores dificuldades decorrentes da deterioração do ambiente económico externo”, lê-se num comunicado hoje enviado pelo gabinete de Mário Centeno.

De acordo com os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no primeiro trimestre de 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,8 por cento em termos homólogos (1,7 por cento no trimestre anterior) e 0,5 por cento em cadeia (0,4 por cento no trimestre anterior).

As Finanças destacam que a aceleração do crescimento do PIB “reflete um aumento mais pronunciado da procura interna e, particularmente, do investimento, que mais do que compensou a diminuição do contributo para o crescimento proveniente do comércio internacional”.

Sinalizam ainda que a aceleração do investimento no primeiro trimestre é o principal destaque da aceleração da economia.

“Este maior crescimento reflete-se no aumento das importações, onde se destaca o crescimento expressivo da importação de bens de investimento, como é o caso de máquinas e outros bens de capital, material de transporte e produtos transformados destinados à indústria”, indica o gabinete do ministro, acrescentando que o abrandamento das exportações resulta, sobretudo, do aumento da incerteza geopolítica e das tensões comerciais globais, que tem impactado em especial as maiores economias da Europa.

“O crescimento do PIB continua a ser pautado por crescimento do emprego e redução do desemprego, tendo sido criados mais 73,5 mil empregos por comparação com o primeiro trimestre de 2018, enquanto o número de desempregados diminuiu em cerca de 56,5 mil em igual período, correspondente a uma redução da taxa de desemprego de 1,1 pontos percentuais”, refere.

O crescimento do PIB da área do euro e da União Europeia no primeiro trimestre, por sua vez, refere, manteve-se estável em 1,2 por cento e 1,5 por cento, respetivamente, “o que significa que Portugal mantém uma trajetória de convergência face à Europa, trajetória essa que perdura já há mais de dois anos”.

“O crescimento expressivo do investimento ao longo dos últimos anos, a estabilização do setor financeiro, o reequilíbrio das contas externas e os progressos alcançados na consolidação estrutural das contas públicas constituem pilares sólidos para o crescimento económico nos próximos anos”, sublinha.

Os resultados definitivos das contas nacionais trimestrais até março serão divulgados no dia 31 de maio.

O Governo espera que a economia cresça 1,9 por cento no conjunto de 2019, acima dos 1,7 por cento previstos pela Comissão Europeia, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco de Portugal e também acima dos 1,6 por cento antecipados pelo Conselho das Finanças Públicas.

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