Economia

Fim do dinheiro pode estar próximo

Se é verdade que muitas pessoas se queixam que o dinheiro ‘dura pouco’ dentro das suas carteiras, especialistas em economia estudam as diferentes variáveis da moeda e lançam as suas previsões.

Sebastião Lancastre, CEO da Easypay (uma fintech especializada em pagamentos eletrónicos) antecipa o fim do dinheiro físico.

“Não só sem o dinheiro na forma de moedas e notas mas também sem cartões”, diz, em declarações ao portal Dinheiro Vivo.

E prosseguiu: “O dinheiro vai desaparecer dentro de cinco anos. A diretiva europeia que será transposta no final do ano incluirá a possibilidade de se fazer transferências em menos de dez segundos. E isso vai acelerar muito a desmaterialização do dinheiro.”

Sebastião Lancastre explicou também quem ganha e quem perde com esta revolução que poderá estar em marcha.

“Os comerciantes vão ter muito interesse nisto porque vão pagar comissões mais baixas. Os consumidores terão a vida simplificada e ganharão tempo para fazer outras coisas. Quem está verdadeiramente ameaçado são os bancos.”

E vai mais longe antecipando o fim das contas à ordem para dar lugar às contas de pagamento, “onde o dinheiro existe ou não existe, não há instrumentos de dívida como cheques ou saldo a descoberto”.

Quanto à atividade bancária, Sebastião Lancastre é claro: “Os créditos à habitação são processos kafkianos e já há fintechs a aprová-los em três dias. Os clientes hoje querem coisas que os bancos não oferecem. Eu num banco não posso transferir dinheiro para uma pessoa sem lhe pedir o NIB, ou chegar a um restaurante e no fim dividir a conta, ou abrir uma conta à distância. Os bancos ainda funcionam na lógica de vender produtos. E nós já não queremos produtos, queremos soluções.”

Desaconselha compras em bitcoins

Nesta entrevista, Sebastião Lancastre desaconselhou compras em bitcoins.

“É demasiado volátil, estas não são moedas para fazer poupanças mas para fazer transações. Eu próprio quando senti que tinha ganho o suficiente, tirei quase tudo, só tenho lá umas migalhas.”

Em destaque

Subir