Ciência

Filmes evitam anestesia em crianças com cancro sujeitas a radioterapia

Um estudo de uma investigadora portuguesa conclui que a emissão de um filme durante as sessões de radioterapia em crianças pode evitar doses de anestesia, às quais os menores são sujeitos.

Como forma de conseguir manter crianças tranquilas para poderem fazer sessões de radioterapia, os médicos têm de recorrer a anestesias. Porém, pode haver uma alternativa, que dispensa aquele procedimento.

Um estudo que foi coordenado por Cátia Águas, uma investigadora portuguesa, conclui que a emissão de um filme projetado dentro da máquina de radioterapia pode ser uma alternativa eficaz às anestesias.

A radioterapeuta e dosimetrista, que exerce nas clínicas universitárias de São Lucas, em Bruxelas, apresentou o seu estudo neste domingo, durante uma conferência da Sociedade Europeia de Radioterapia e Oncologia, na Áustria, segundo avança o jornal i.

Para a realização deste trabalho, Cátia Águas fez uma observação de 12 crianças com doença oncológica e com idades compreendidas entre 18 meses e 6 anos.

Seis dessas crianças foram tratadas de forma convencional, sem projeção de vídeo, e outra metade assistiu a filmes enquanto recebia o tratamento de radioterapia, já com máquinas preparadas para o efeito.

E se antes 83 por cento das crianças eram anestesiadas, recorrendo a este método simples essa percentagem caiu para 33 por cento.

Os filmes não só evitam a anestesia como diminuem níveis de ansiedade, que são naturais, em virtude do ambiente em que são feitos os tratamentos.

Refira-se que a anestesia é vista como um procedimento necessário para permitir que os tratamentos sejam efetuados, dada a morosidade dos mesmos e a necessidade de manter as crianças em imobilidade total.

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