Velocidade

Filipe Albuquerque apostado em fazer esquecer época de 2012

filipe albuquerque2Integrado pelo terceiro ano consecutivo na formação de pilotos da Audi no famoso Campeonato Alemão de Carros de Turismo, Filipe Albuquerque falou-nos de uma temporada que não correu de acordo com as expetativas, e que espera imolar com bons resultados em 2013.

Apesar dos dissabores da época passada, o piloto português faz “um balanço positivo” ao seu desempenho: “Estive constantemente entre os pilotos mais rápidos da Audi, fui por três vezes à quarta qualificação, onde estive na discussão pela ‘pole position’. Tenho a noção de que poderia ter terminado melhor classificado à geral. Os erros nas boxes no início do ano custaram-me bastante mas as corridas são mesmo assim… Evoluí como piloto e sinto-me melhor e mais bem preparado para 2013”.

Albuquerque não nega que a temporada passada foi complicada, mas lembra que vários azares contribuíram para esse facto. “Foi um ano muito difícil para Audi, não dá para negar. Nós, pilotos Audi, só conseguimos ganhar duas provas e nem discutimos o campeonato até à última corrida. Em Valência estive muito perto mas os problemas de travões não me deixaram ir mais além”, recorda.

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Mas se a Audi não foi suficientemente competitiva face às rivais BMW e Mercedes, o novo A5 DTM revelou-se uma agradável surpresa para o piloto de Coimbra: “ Gostei bastante mais do A5 DTM do que do A4. O A5 DTM tem mais aerodinâmica, o chassis em fibra de carbono torna o carro mais semelhante a um fórmula e isso ajudou-me”.

O bom ambiente e o profissionalismo no seio do Team Rosberg também contribui para que Albuquerque queira permanecer no DTM . “Eu tenho um ótima relação com a equipa e com a Audi Sport. A equipa Rosberg sabe do meu potencial, e estão sempre muito motivados para fazer melhor. Não podemos esquecer que em 2012 foi comigo e com o Mortara que tornámos a equipa Rosberg a melhor equipa da Audi. Foi a primeira vez que a ABT perdeu esse ‘título’ interno”, explica.

A boa relação com o companheiro de equipa Eduardo Mortara também contribuiu para o bom ambiente na equipa: “Ele é muito competitivo assim como eu. Agora vamos correr juntos, mas no mesmo carro em Daytona. Isso vai ser uma experiência gira, visto que ele não tem grande experiência em corridas de resistência”.

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Para o piloto português ficam boas e más recordações de 2012. “Um momento alto foi quando realmente resolvi o problema do carro em qualificação. Foi da noite para o dia, passei de andar pela 10.ª posição para os três primeiros. Na qualificação de Zandvoort estava verdadeiramente rápido. Infelizmente tive que fazer duas voltas na Q3, e comprometi a Q4. A minha frustração de ser dos mais rápidos ou mesmo o mais rápido nos treinos livres e depois chegar à qualificação e o carro estar complemente diferente”, lembra.

“Outro momento baixo foi sem dúvida o das paragens nas boxes de Hockenheim. De sexto caí para 10.º. E em Brands Hatch quando me divertia a fechar o Martin Tomczyk e caí de quarto para 10.º”, recorda Albuquerque.

Dois anos no DTM já deram para o piloto de Coimbra conhecer bem os traçados por onde passa o campeonato, sendo natural que tenha as suas preferências.

“Gosto muito de Nurburgring, é das minhas pistas preferidas. Gosto também de Zandvoort, é muito técnica, assim como Oschersleben. Conheço muito bem. Só não entendi até agora porque é que ainda não fiz o grande resultado”, destaca.

Após um ano tão atarefado seria natural que o Inverno fosse um período de defeso mais tranquilo. Nada de mais errado, como explica: “Assim que o campeonato acabou começámos logo a trabalhar para 2013, com reuniões e testes, e depois, com a corrida extra campeonato de Daytona, nem no Ano Novo vou poder fazer grandes maluqueiras porque dia 3 de Janeiro já estou a voar para Daytona”.

Apesar da participação no evento norte-americano, Filipe Albuquerque está focado na nova época do DTM. “Sinto-me mais forte, mais preparado, embora tenha que esperar pelos testes de inverno para ver a evolução do A5 DTM”, assume.

O piloto português acredita que é possível reverter a situação de 2012: “Espero que sim, acredito que sim, estou a trabalhar para que sim. Por falta de empenho e trabalho meu não vai ser”.

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