Funcionária pública brasileira luta para manter o corpo do pai congelado, até que a ciência encontre a cura para devolver vida a Luiz Felippe, engenheiro civil da Força Aérea do Brasil. Lígia Monteiro, de 32 anos, mantém o corpo congelado. Mais tarde, pretende transferi-lo para uma empresa que promete a ressurreição, dentro de 50 anos.

Uma brasileira leva a cabo uma luta na Justiça para manter o corpo do seu pai congelado, até que a ciência encontre a cura e permita devolver vida a mortos. Lígia Monteiro investe uma fortuna para cumprir este desejo do pai e transformou-o numa batalha sua.

Esta funcionária pública paga, atualmente, quase 350 euros por dia para manter o corpo naquelas circunstâncias, sendo que teve de recorrer a um empréstimo bancário. Tem a garantia de uma empresa de que conseguirá ‘ressuscitar’ Luiz Felippe dentro de 50 anos.

“Tenho a sensação de que ele não está morto, mas num sono profundo. E daqui a alguns anos, quando a ciência evoluir, poderei reencontrá-lo”, afirmou Lígia Monteiro à Globo.

O engenheiro civil morreu em fevereiro, vítima de uma doença prolongada, e desde então está congelado, por determinação da Justiça, que em primeira instância determinou que o desejo do pai e da filha fosse cumprido.

No seio familiar, não existe consenso, mas neste momento o engenheiro está congelado numa funerária no Rio de Janeiro. Se a decisão judicial se confirmar, o corpo será encaminhado para uma empresa norte-americana, que promete vida, com a ajuda da ciência.

Luiz Felippe também acreditava que a ciência poderia evoluir e encontrar a cura para a doença. E quis ser congelado e deixou essa sua decisão por escrito. A filha acredita no pai e quer manter viva a esperança de reencontrá-lo dentro de anos.

A empresa é norte-americana e já convenceu a própria filha do engenheiro a congelar o seu corpo, depois de morrer. Entretanto, já cobrou 28 mil reais (10 800 euros) aos norte-americanos. Lígia Monteiro está envidada, mas crente.