FIFA propõe cinco substituições para lidar com sobrecarga de jogos
A FIFA quer permitir até cinco substituições, com mais uma em caso de prolongamento, para lidar com a sobrecarga de jogos no regresso das equipas às competições, interrompidas devido à pandemia do novo coronavírus, anunciou hoje organismo.
A medida faz parte de um plano temporário divulgado pela FIFA e visa evitar lesões, dada a potencial sobrecarga física nos jogadores, já que as competições ainda em aberto terão de ser concluídas no mais breve espaço de tempo possível.
A proposta abre a possibilidade aos organizadores das competições a opção de permitir que as equipas possam efetuar cinco substituições, em vez de três nos 90 minutos de jogo, e uma sexta em eliminatórias que sejam decididas no prolongamento.
“A preocupação a esse respeito é que a frequência de jogos acima do normal [após um longo período de paragem] possa aumentar o risco de possíveis lesões, devido à sobrecarga nos jogadores”, refere o comunicado da FIFA.
O Manchester City, por exemplo, enfrenta um intenso programa nas três competições em que ainda se encontra e se os jogos puderem se reiniciar com segurança nas próximas semanas os ingleses terão que disputar 19 em pouco mais de dois meses.
Em período idêntico de tempo, a Juventus, do português Cristiano Ronaldo, também poderá ter que disputar cerca de 20 jogos – 12 para terminar a Série A italiana, até seis na Liga dos Campeões e ainda mais dois da Taça de Itália.
A proposta deve ser validada pelo International Board (IFAB), entidade responsável pela alteração às regras do futebol, e prevê que as cinco substituições sejam efetuadas no máximo das três paragens no jogo autorizadas para fazer as alterações.
A FIFA sugeriu manter a regra das cinco substituições na próxima temporada, que parece começar mais tarde e ser condensada em menos tempo. A alteração também se aplicaria a todos os jogos das seleções nacionais até dezembro de 2021.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 206 mil mortos e infetou quase três milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Perto de 810 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 928 pessoas das 24.027 confirmadas como infetadas, e há 1.357 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.