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Ficaram 15 mil cancros por diagnosticar devido à covid-19, estimam médicos de família

Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar estima que, durante os três meses de reorganização dos serviços devido à pandemia de covid-19, terão ficado 15 mil cancros por diagnosticar.

As alterações motivadas pelo estado de emergência, aliviadas gradualmente com o desconfinamento, têm deixado muitos utentes sem poderem fazer qualquer diagnóstico.

Como exemplo, os responsáveis da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar lembram as dificuldades dos idosos em aceder à internet, dado que em muitos centros de saúde os agendamentos têm de ser feitos por email, e os centros de saúde sem central telefónica.

“Se estivermos fechados ou quase durante três meses, os cinco mil [casos novos] por mês são 15 mil. Isto é muito preocupante”, frisou Rui Nogueira, presidente da associação, em declarações à SIC.

Os médicos de família defendem que, para se recuperar o tempo perdido, é preciso reforçar os meios humanos e uma redução das listas de utentes por médico.

Portugal contabiliza 1631 mortos associados à covid-19, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde, divulgado hoje. Há ainda 44 859 casos confirmados.

A nível global, a pandemia matou mais de 544 mil pessoas, infetando mais de 11,85 milhões, em 196 países e territórios, de acordo com o balanço diário feito pela AFP.

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