Fibromialgia reconhecida oficialmente como patologia pela DGS

A partir de hoje a fibromialgia é reconhecida oficialmente como uma doença, segundo uma norma publicada pela Direção-Geral da Saúde.

A fibromialgia é uma síndrome crónica caracterizada pelas queixas dolorosas neuromusculares difusas e pela presença de pontos dolorosos em regiões anatomicamente determinadas. A doença também pode manifestar-se por fadiga, perturbações do sono e distúrbios emocionais e gastrointestinais.

Sem nunca ter tido o reconhecimento por parte da comunidade médica como uma patologia, a parti de hoje, isso vai deixar de acontecer. A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou uma norma em relação a esta doença, passando a ficar reconhecida oficialmente como uma patologia, que atinge cerca de 300 mil portugueses, segundo declarações de Fernanda Margarida Neves de Sá, presidente da Associação Portuguesa de Doentes com Fibromialgia, à agência Lusa.

 “Isto é muito importante, é um passo de gigante para mais de 300 mil doentes”, porque significa que “finalmente a fibromialgia está oficialmente reconhecida como uma patologia”, disse Fernanda Margarida Neves de Sá.

Na norma da DGS consta “todos os pontos de diagnóstico, a forma como os doentes devem ser diagnosticados, acompanhados, e as bases científicas que levaram a DGS a elaborar esta norma”, que terão de ser cumpridas, uma vez que a norma será enviada para “todos os centros de saúde, para todos os centros hospitalares”, pelo que todos os profissionais na área da saúde terão que a seguir, segundo informa a presidente.

Se um médico alegar que a fibromialgia não existe, o paciente poderá fazer uma participação à DGS, já que é “o incumprimento de algo que é obrigatório”.

A fibromialgia é uma patologia que atinge cerca de dois por cento da população adulta portuguesa, pelo que as mulheres são cinco a nove vezes mais afetadas, começando a fazer-se sentir entre os 20 e os 50 anos.