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FIA responde às críticas de Tommi Makinen

As críticas feitas por Tommi Makinen à organização do Rali de Monte Carlo por ter cancelado a primeira classificativa de sexta-feira já mereceu ‘resposta’ por parte do responsável da Federação Internacional do Automóvel (FIA) para os ralis.

O chefe da Toyota queixou-se que a decisão dos homens do ACM e da FIA prejudicou os seus pilotos, que devido às escolhas de pneus se viram prejudicados e que toda a primeira ronda pelas classificativas da manhã devia ter sido anulada.

Yves Matton respondeu que a decisão do Automóvel Clube do Mónaco, e especificamente do diretor de prova, teve a ver com uma questão de segurança do público, sendo que Michéle Mouton, como delegada de segurança da FIA para os ralis, apoiou totalmente a decisão.

“Estou bastante surpreendido com os comentários tão agressivos e não tão profissionais feitos contra os organizadores e a FIA. Ele (Makinen) sabe como é difícil gerir a questão dos espetadores e como é importante a segurança. É o primeiro objetivo do futuro dos ralis”, frisa Matton.

O diretor da FIA para os ralis salienta também: “Sabemos que o WRC é organizado em séries de rondas (pelas especiais) e que temos de escolher pneus para mais de uma classificativa. Faz parte do jogo e às vezes pode-se ganhar e outras se pode perder, dependendo de como fazemos as escolhas e a repercussão que tem na prova”.

“Não acho que fosse uma boa opção cancelar as três classificativas. Monte Carlo é um rali excecional. E quando digo excecional refiro-me a coisas excecionais que podem acontecer. Não acho justo para os espetadores e para os fãs cancelar as especiais (quatro e cinco)”, enfatiza Yves Matton.

O antigo diretor da equipa Citroën acrescenta: “Posso perceber que é o seu trabalho fazer tudo pelos seus pilotos ganharem o rali e o campeonato. É o seu papel. Mas também precisa de ter uma perspetiva. O que faríamos se na próxima prova tivéssemos uma situação semelhante com escolhas diferentes?”.

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