Álvaro Parente não teve sorte na corrida de qualificação do FIA GT Series, que este sábado se disputou no circuito de Zandvoort. O piloto português da McLaren detinha a ‘pole position’ mas foi forçado a abandonar após a partida com problemas mecânicos no MP4-12C n.º 9 da Loeb Racing, depois de ter sido abalroado na primeira curva da pista holandesa.
“Não consegui arrancar bem, tive que dar espaço a um Audi que se colocou à minha direita, mas havia muita pista livre. Contudo, à minha esquerda um piloto de um Mercedes fez a curva como se eu não existisse e o embate foi inevitável, causando estragos no meu carro que me forçaram a desistir”, contou Parente.
A frustração do piloto do Porto era extensível a Sebastien Loeb, que desta forma nem sequer chegou a guiar o McLaren n.º 9. Isto depois de uma qualificação onde Álvaro conseguiu “tirar todo o potencial do carro” fazendo “uma volta perfeita”.
Para além da dupla luso-francesa ficar em branco no campeonato, a desistência no confronto de sábado limita muito aquilo que poderá fazer na corrida principal.
“Não tínhamos a garantia de ter terminado no pódio, mas penso que era uma forte possibilidade que se esfumou nos primeiros metros de corrida devido a um acidente causado por outros”, admitiu Álvaro Parente.
“Para agravar a situação amanhã vamos arrancar do último lugar da grelha de partida, o que compromete a obtenção de uma boa classificação. E isto certamente que nos atrasará ainda mais no campeonato. Vamos dar o nosso melhor e atacar desde o início de modo e limitar os danos”, acrescentou o piloto português da McLaren.
Quanto aos restantes pilotos nacionais a sorte bem diferente, com destaque para César Campaniço e Carlos Vieira, que foram quartos na categoria Pro-Am e terminaram perto do top dez da classificação geral.
César Campaniço
Não foi uma prova fácil para a dupla do Audi R8 do Team Novadriver, que depois de uns treinos complicados para o acerto do carro, procurou fazer uma boa corrida, partido do quarto posto da sua classe.
Vieira fez o primeiro turno, em que ganhou algumas posições aproveitando alguma confusão à sua frente, e chegou mesmo a liderar a Pro-Am e a rodar entre os sete primeiros. Mas depois da paragem nas boxes Campaniço acabaria por perder lugares e acabar fora do pódio da categorial.
“No primeiro turno o Carlos Vieira esteve muito bem, conseguindo chegar à liderança, mas o meu começou mal com a porta do Audi a não querer fechar. O que me atrasou bastante”, começou por justificar César Campaniço.
“Saí para a pista em quarto da categoria e ainda consegui chegar ao terceiro lugar. Infelizmente um toque na frente do Audi, ocorrido no início da corrida, afetou a aerodinâmica o que fez o carro ser ainda mais lento a direito. Defendi-me o mais possível, mas na última volta o piloto do Lamborghini deu-me um toque que me levou para a zona suja da pista e perdi o pódio da Pro-Am”, acrescentou.
Já Patrick Cunha, que dividiu o Lamborghini da Rodrive com o brasileiro Matheus Stumpf, foi sexto na Pro-Am, numa prova afetada pelo toque ocorrido na primeira fase da corrida, quando o piloto sul-americano estava aos comandos do Gallardo preparado pela equipa da Covilhã.
A corrida foi ganha por Stéphane Ortelli e Laurens Vanthoor, aos comandos de um dos Audi da WRT Audi Club Bélgica, que assumiram a liderança na segunda metade da prova quando Niklas Mayr-Melnhof, também aos comandos de um R8 da formação belga, não conseguiu resistir ao ataque do piloto francês.
Classificação
1.º Ortelli/Vanthoor (Audi R8 LMS) 1h01m018s
2.º Buhk/Day (Mercedes SLS AMG) + 0,766s
3.º Mayr-Melnhof/Rast (Audi R8 LMS) + 2,270s
4.º Sandstrom/Stippler (Audi R8 LMS) + 3,129s
5.º Bueno/Khodair (BMW Z4 GT3) + 6,517s
6.º Parisy/Zuber (McLaren MP4-12C) + 18,697s
7.º Afanasiev/Simonsen (Mercedes SLS AMG) + 19.354s
8.º Chandhok/Seyffarth (Mercedes SLS AMG) + 28,758s
9.º Ebrahim/Heemskerk (BMW Z4 GT3) + 33,387s
10.º Proczyk/Baumann (Lamborghini LP560-4) + 34,987s
11.º Campaniço/Vieira (Audi R8 LMS) + 36,260s
…
14.º Cunha/Stumpf (Lamborggini LP560-4) + 1 volta
