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FIA apresentou o arco de segurança para o karting em Baltar

A Federação Internacional do Automóvel (FIA) continua a pugnar pela segurança, tanto nas estradas como nas pistas. E se nos monolugares o halo foi a grande ‘revolução’ na F1 e noutras disciplinas de monolugares, no karting a opção vai para o arco de proteção.

Os ‘cockpits’ abertos continuam a suscitar muita apreensão, porque tornam os pilotos mais suscetíveis de sofrerem lesões ou ferimentos graves, pelo que a FIA em conjunto com a federação alemã de automobilismo (DMSB) desenvolveu uma nova ‘bacquet’ para karts que integra um arco de segurança.

Pensando nos casos de capotamento, o sistema foi apresentado este fim de semana em Baltar, durante a derradeira prova do Campeonato de Portugal de Karting, numa iniciativa conduzida pelo engenheiro português Nuno Costa.

“Na FIA analisámos milhares de acidentes todos os anos, em todas as disciplinas do automobilismo e do karting, e no fundo chegámos à conclusão que este elemento de segurança pode minimizar significativamente o risco de lesões nas categorias mais pequenas do Karting”, referiu aquele responsável que coordena o departamento de segurança da FIA, em Genebra (Suíça).

Nuno Costa recordou que em qualquer acidente “há sempre duas variáveis principais: a massa e a velocidade. A única que é permanente é a massa, pois a velocidade não conseguimos controlar. No fundo, com este sistema tentámos diminuir a massa que está em contacto com o corpo do piloto, principalmente a cabeça, em caso de capotamento”.

O mesmo responsável fez saber que na fase de desenvolvimento, os envolvidos no projeto recolheram 15 anos de dados sobre acidentes em que os karts capotam. Disso resultou a homologação de dois modelos de ‘bacquet’ com arco de segurança integrado, destinados às categorias mais pequenas do Karting (até à categoria Juvenil).

A FIA está neste momento a auscultar as federações nacionais para perceber se avançará para a sua introdução obrigatória nos próximos anos.

Na apresentação em Baltar estiveram presentes Ni Amorim e João Rito, respetivamente presidente e responsável para o Karting da FPAK, assim como pilotos, pais e diversos responsáveis de equipa do Karting nacional, que foram unânimes a reconhecer a importância de um sistema que, segundo a FIA, poderá ser adaptado à maioria dos chassis atuais.

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