Cultura

Festival de Cinema Luso-Brasileiro disputado na Feira por sete longas e 24 curtas

A 21.ª edição do Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira arranca no domingo e, até 15 de abril, terá em competição sete longas–metragens produzidas no Brasil e 24 curtas de realizadores brasileiros e portugueses.

Américo Santos é o diretor do certame e, em declarações à Lusa, realça que todas as obras brasileiras em competição serão exibidas em estreia em Portugal, tendo por objetivo garantir que o cartaz do festival possa exercer “um maior apelo sobre o público”.

No que se refere em específico aos filmes de longa duração, o facto de estarem a concurso apenas obras do Brasil “não é habitual” na história do festival, mas resulta da circunstância de os filmes produzidos no outro lado do Atlântico “se terem efetivamente destacado como os melhores” entre todos os candidatos deste ano a essa categoria.

“Aliás, sempre tivemos só cinco ou seis longa-metragens em competição, mas desta vez temos sete, o que também é sinal de que havia realmente filmes muito bons a concorrer”, afirma Américo Santos.

Se entre essas sete obras o diretor do festival identifica como elemento predominante “os mosaicos familiares”, já em termos de narrativa e realização assegura que em causa está “uma grande diversidade de estilos, com abordagens muito diferentes”.

Além das secções competitivas, o Festival de Cinema Luso-Brasileiro de 2018 levará ao auditório da Biblioteca Municipal da Feira programas especiais dedicados a quatro realizadores, a começar pelo brasileiro Rogério Sganzerla (1946-2004), cujo filme “O Bandido da Luz Vermelha” será exibido em cópia restaurada. A sessão assinala os 50 anos do filme inspirado nos crimes do assaltante João Acácio Pereira da Costa e contará com a presença de Helena Ignez, apontada como a “musa do cinema marginal” brasileiro.

O programa “Realizador em foco”, por sua vez, dará a conhecer o trabalho de Fellipe Barbosa, numa sessão tripla com os filmes “Laura” (2011), “Casa Grande” (2014) e “Gabriel e a Montanha” (2017). A trajetória procura revelar a “poesia furiosa” que é reconhecida às obras desse realizador e incluirá “uma revisitação à sua própria casa através de uma câmara que transmite um humanismo doce”.

Segue-se a rubrica “Sangue Novo” com a portuguesa Salomé Lamas e as obras “Golden Dawn” (2011), “A Comunidade” (2012), “A Torre” (2015) e “Coup de Grâce” (2017).

O programa do festival prevê ainda uma sessão especial de debate com o cineasta português Marco Martins, cuja análise aos temas da Crítica, Realização e Família Cinematográfica será precedida pela exibição do seu filme “Alice” (2005), “pela primeira vez numa cópia digital nova”.

Lusa

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