O Festival ao Largo, em Lisboa, começa hoje com um concerto da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, mas há um pré-aviso de greve dos trabalhadores do Opart que poderá afetar o evento.
A programação da 11.ª edição do festival, com entrada gratuita e que decorre até 27 de julho no Largo de São Carlos, “centra-se como habitualmente na Orquestra Sinfónica Portuguesa e no Coro do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) e contará ainda com a Companhia Nacional de Bailado (CNB) no espetáculo de encerramento”.
No entanto, há um pré-aviso de greve dos trabalhadores do Organismo de Produção Artística (Opart), que tutela a CNB e o TNSC, que poderá afetar a realização de grande parte dos espetáculos do festival.
A abertura está marcada para hoje com Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direção da maestrina Joana Carneiro, o Coro do TNSC e um elenco de solistas a interpretarem o musical da Broadway “Wonderful Town”, de Leonard Bernstein.
Aquela orquestra, a celebrar 25 anos, voltará a entrar em cena nos dias 12 e 13 para a estreia da peça “Largo”, de Carlos Azevedo, encomendada para assinar a efeméride, e, nos dias 19 e 20, com o coro do TNSC para “um programa integralmente dedicado ao repertório operático ‘verista’ italiano”.
O Festival ao Largo contará com vários convidados, nomeadamente a Orquestra Gulbenkian (dia 18), a Orquestra Sinfónica Jovem de Macau (dia 21), a Banda Sinfónica da GNR (dia 10) e o Coro e Orquestra de Câmara Capella Cracoviensis (dia 09).
A fechar, para os dias 25, 26 e 27 de julho, a CNB apresenta “Romeu e Julieta Pas de Deux”, “Side Story”, “Lento para Quarteto de Cordas” e “Dom Quixote”.
O Festival ao Largo tem asseguradas edições até 2021, fruto da renovação do patrocínio do banco Millennium BCP.
Os trabalhadores do Opart, porém, iniciaram uma greve a 07 de junho que já levou ao cancelamento de alguns espetáculos.
Além do festival, o pré-aviso de greve dos trabalhadores deverá afetar ainda os espetáculos “Dom Quixote”, entre os dias 11 e 13 de julho, no Teatro Rivoli (Porto), e “15 Bailarinos e Tempo Incerto”, a 17 e 18 de julho, no Teatro Municipal Joaquim Benite, no âmbito do 36.º Festival de Almada.
Uma das questões que motivam esta paralisação é uma exigência de harmonização salarial entre trabalhadores da CNB e do TNSC, que recebem remunerações diferentes para as mesmas funções.
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