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Festas de Lisboa apelam ao cumprimento de horários e normas como ruído e higiene

A Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), responsável pelas Festas de Lisboa, apelou hoje ao cumprimento de horários e de todas as normas de segurança, ruído, higiene e sustentabilidade, para salvaguardar o respeito pelos moradores.

“É fundamental que, tanto parceiros como público, ganhem consciência de que, quando as normas não são respeitadas, estão a prejudicar os moradores e uma das iniciativas mais queridas da cidade”, declarou a presidente da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, citada num comunicado hoje divulgado.

A responsável referiu ainda que a empresa de cultura em Lisboa está a sensibilizar todas as entidades envolvidas pelas festas da capital, nomeadamente pelos arraiais, marchas populares e casamentos de Santo António.

A decorrer desde sábado, as Festas de Lisboa vão terminar em 30 de junho, destacando-se como momento alto o dia 12 de junho, com os casamentos de Santo António, que se estende pela madrugada de 13 de junho – Dia de Santo António e feriado municipal de Lisboa –, com as marchas populares e os arraiais, por se tratar de “iniciativas mais emblemáticas e distintivas da cidade”.

No âmbito da sensibilização de todas as entidades envolvidas nas Festas de lisboa’19, Joana Gomes Cardoso reforçou que “isto não significa que não se possa festejar e celebrar”.

Relativamente à higiene e sustentabilidade, as Festas de Lisboa começaram, em 2018, a apostar na utilização de copos reutilizáveis, incentivando à reciclagem dos copos tradicionais, medida que pretende tornar as festividades mais amigas do ambiente.

“Não teremos mais esses copos de plástico nos grandes eventos, uma medida importante para a vida da nossa cidade”, anunciou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, durante a apresentação das festividades no ano passado.

Desde a edição de 2017 das Festas de Lisboa, a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior decidiu aplicar restrições ao ruído e implementar um sistema de som comum para as bancas de venda nos arraiais dos bairros históricos como Alfama e Mouraria.

Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho, as restrições ao ruído visam resolver o “caos” que se tem verificado em anos anteriores nos arraiais populares, devido à existência de sons autónomos por retiro ou banca de venda.

As Festas de Lisboa’19 vão proporcionar “um mês de propostas artísticas inovadoras, ao ar livre e de entrada gratuita”, associando os festejos de Santo António a uma homenagem ao navegador Fernão de Magalhães e ao compositor António Variações.

“Inspirados numa combinação improvável – Santo António, Fernão de Magalhães e António Variações – partimos numa viagem em que Lisboa é o ponto de partida e chegada”, anunciou a EGEAC.

De acordo com a presidente da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, este ano, as Festas de Lisboa têm como mote os 500 anos da circum-navegação de Fernão de Magalhães, assim como uma homenagem ao cantor e compositor português António Variações, que faria 75 anos.

Além da tradição dos arraiais, marchas, tronos e casamentos de Santo António, a programação deste ano destaca a iniciativa Fado no Castelo, que vai reunir “duas grandes vozes com dois coros singulares: Ana Moura e Sopa de Pedra, no dia 14 de junho, e Raquel Tavares e Gospel Collective, no dia 15 de junho”, o festival Com’Paço, que a partir de 22 de junho volta a contar com a participação de bandas filarmónicas oriundas de todo o país, o festival Lisboa Mistura, que se muda para a Quinta das Conchas, e as Festas da Diversidade e do Japão em Lisboa, que continuam a celebrar a diversidade cultural da cidade.

O encerramento das Festas de Lisboa’19 vai proporcionar “um concerto irrepetível, construído de propósito para esta ocasião, dedicado a António Variações que faria 75 anos”, que vai decorrer no dia 29 de junho, a partir das 22:00, no Jardim da Torre de Belém, em que as músicas do compositor português vão ser cantadas por Ana Bacalhau, Conan Osiris, Lena D’Água, Manuela Azevedo, Paulo Bragança e Selma Uamusse, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e arranjos sinfónicos a cargo de Filipe Melo, Filipe Raposo e Pedro Moreira.

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