O selecionador português de futebol afirmou hoje que a Itália “continua a ser um histórico mundial, apesar de ter falhado o Mundial2018, e revelou que o ‘onze’ luso será semelhante ao apresentado no particular com a Croácia (1-1).
“Tanto a Croácia como a Itália são duas grandes seleções. A Itália é um histórico mundial e não é por não ter estado presente no último Mundial que deixa de o ser. O jogo com a Croácia era particular, não tinha pontos. Este jogo já se insere numa nova competição. Espero que a minha equipa esteja ao seu nível”, afirmou Fernando Santos, em conferência de imprensa.
O técnico fazia a antevisão da partida com os transalpinos, que marca a estreia de Portugal no Grupo 3 da Liga das Nações A, na segunda-feira, sendo que a ‘squadra azzurra’ empatou o primeiro jogo, a receção à Polónia (1-1).
“Acho que vai ser um grande jogo. Sabemos o valor da equipa da Itália. Na primeira parte, a Polónia conseguiu criar mais problemas à Itália em transições. Na segunda parte, a Itália foi mais forte, mais pressionante e chegou ao empate. A Itália tem essa vontade enorme de mostrar a sua mais-valia, depois de ter falhado o Mundial”, referiu.
O selecionador nacional destacou, entre outros, o médio italo-brasileiro Jorginho, que trouxe “características de jogo diferentes” à formação comandada por Roberto Mancini, bem como Lorenzo Insigne e Federico Chiesa.
Apesar de considerar que “não há favoritos neste tipo de competições”, Santos admitiu que “o apoio do público pode dar alguma vantagem” a Portugal, que não deverá apresentar-se com uma equipa titular muito distante da que defrontou a Croácia: “Não espero muitas alterações.”
Com alguns jornalistas italianos presentes na conferência de imprensa, acabou por surgir uma questão sobre a falta de golos de Cristiano Ronaldo nos primeiros três jogos oficiais pela Juventus, algo que Fernando Santos desvalorizou.
“Esperem um bocadinho e vão ver os golos que ele vai marcar”, atirou, de pronto.
Já Pepe disse esperar “um jogo difícil” perante a Itália e mostrou-se “bastante feliz” por ter atingido as 100 internacionalizações por Portugal, no recente particular com a Croácia.
“Nunca pensei que pudesse fazer tantos jogos, até porque temos uma profissão arriscada, com lesões e épocas desgastantes. Ainda cheguei lá. Estou bastante feliz por representar a seleção portuguesa, isso, sim, um sonho”, salientou.
Aos 35 anos, o central do Besiktas, que já leva cinco golos esta temporada, um dos quais no empate de Portugal com a Croácia, disse que “o trabalho em cada treino e a atenção elevada na hora de recuperar” são a base para a longevidade na carreira e no rendimento.
Por outro lado, Pepe deixou elogios à nova geração de jogadores que começa a surgiu na seleção principal, entre os quais os centrais Pedro Mendes e Rúben Dias, este último com quem já formou parceria no eixo defensivo.
“Portugal é que sai mais beneficiado. Esta geração vem com muita qualidade. Uma das virtudes do Rúben é a humildade, quer sempre aprender. O futuro passa por eles. Espero que o futuro seja bastante risonho para todos eles e para nós, portugueses”, concluiu.
Portugal recebe a Itália na segunda-feira, a partir das 19:45, no Estádio da Luz, em Lisboa, num encontro que será dirigido pelo escocês William Collum.
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