Fernando Gomes quer penalizar mais as críticas à arbitragem

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, apelou hoje a um agravamento das penas para os dirigentes que ataquem a arbitragem e defendeu novamente a criação de uma autoridade administrativa autónoma para o combate à violência.

No âmbito da conferência “Violência no Desporto”, realizada na Assembleia da República, o líder federativo salientou que o organismo que tutela está atento e a atuar em relação ao aumento dos casos de violência, enumerando o crescimento das multas em relação à última época: 26 por cento para o comportamento de adeptos e 245 por cento sobre os dirigentes.

“Defendemos regulamentos mais duros, que inibam as pessoas do futebol a contribuir para a destruição do setor”, disse Fernando Gomes, acrescentando: “Temos um problema grave de apreciação do trabalho de arbitragem. É inaceitável que agentes desportivos contribuam para a destruição da figura do árbitro. Incentivamos os clubes a endurecer as penas para quem coloca em causa a seriedade dos árbitros”.

Sem deixar de recusar o papel de “comentador”, face aos regulares pedidos de intervenção de diversos agentes, Fernando Gomes alertou, porém, que é o tempo das instituições avançarem com eventuais mudanças aos quadros regulamentares.

“É altura de a estrutura profissional voltar a refletir. Estamos a três meses de poder alterar regulamentos para a próxima época. É preciso fechar processos, concretizar procedimentos, mudar atitudes e obrigações. Temos todos que fazer tudo para que seja possível começar a próxima época com outra capacidade de resposta”.

O presidente da FPF voltou a relembrar algumas das ideias apresentadas numa audiência na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, em outubro de 2017, e, expressando a sua satisfação pela atenção que a Assembleia da República está a ter sobre as mesmas, reiterou a importância da criação de uma autoridade autónoma administrativa.

“Defendemos a criação de uma autoridade administrativa, exclusivamente vocacionada para a segurança e combate à violência no desporto, dotada de recursos e não apenas de atribuições e competências, que tornem exequível a celeridade e inevitabilidade da ação sancionatória face à inobservância da Lei. Tal organismo deverá ser central, autónomo e especializado”, disse.

Já sobre a crescente preocupação com o mau comportamento dos adeptos, Fernando Gomes preconizou uma “maior eficácia na aplicação das medidas de acesso a recintos desportivos”, bem como possíveis “mudanças na política de apoios e regulação dos grupos de adeptos” no futebol português.

Lusa

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