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Fernando Alonso percebeu a exigência do novo IndyCar na oval do Texas

Com o intuito de começar a preparar a sua segunda incursão nas 500 Milhas de Indianápolis Fernando Alonso realizou um teste com um Dallara de IndyCar na Texas Motorspeedway. Um monolugar muito exigente, como mais tarde reconheceu.

O espanhol mostrou estar em forma, depois de disputar as 12 Horas de Sebring com a Toyota e testar o McLaren de F1 no Bahrain. Mas com as Indy 500 a aproximarem-se – disputam-se a 26 de maio – teve de começar os preparativos.

A principal missão desta deslocação a Fort Worth foi Alonso descobrir o Dallara Chevrolet com o kit aerodinâmico universal proposto para os novos IndyCar nas pistas ovais. E o piloto das Astúrias – que tenta a ‘triple crown’, juntando as vitórias no GP do Mónaco e nas 24 Horas de Le Mans às 500 Milhas de Indianápolis – pôde conhecê-lo bem, pois realizou 105 voltas.

“Foi uma situação um pouco desconhecida para todos nós”, declarou Fernando Alonso, numa referência ao facto de, desta vez e ao contrário da primeira tentativa em 2017, a McLaren avança para a grande corrida sem o apoio da equipa Andretti Autosport, embora com a ajuda da britância Carlin, que participa o campeonato IndyCar.

“Nós acreditamos em diferentes filosofias de acertos e de preparação. Experimentamos. Começamos com uma configuração de base que, sabemos, foi utilizada no passado, mas tentamos lentamente testar diferentes coisas. Depois iremos mais longe”, explica Alonso.

O antigo Campeão do Mundo de Fórmula 1 refere também: “Continuo convencido que este kit universal é mais difícil de gerir com um pouco menos de apoio. É preciso otimizar os acertos. Correr sozinho é normalmente um pouco mais fácil, mas no tráfego será mais difícil quando falta apoio aerodinâmico”.

“Estas configurações sabemos até que ponto são delicadas, até que ponto são extremas. Pequenas modificações fazem uma grande diferença em termos de tempos por volta. A pista nunca é a mesma e muda continuamente ao longo do dia”, sublinha ainda Fernando Alonso.

‘Saltar’ de um F1 para um IndyCar e de um traçado convencional para uma pista oval também não facilitou as coisas ao piloto espanhol: “Venho de campeonatos onde se pode tocar um pouco na relva e perder o lanço numa volta. Aqui não há essa possibilidade nas curvas. É tão exigente e stressante. Este teste recordou-me até que ponto tudo é crítico aqui. Temos de ser perfeitos a cada volta”.

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