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Fernando Alonso e a Toyota repetem triunfo nas 24 Horas de Le Mans

A 87ª edição das 24 Horas de Le Mans terminou em festa para a Toyota, que celebrou uma ‘dobradinha’ esperada, graças à vitória do TS050 # 8 diante do # 7, que esteve mais tempo na frente mas que no final teve de conceder o triunfo para os líderes e novos campeões do Mundo de Resistência.

De facto, independentemente da vitória, que foi decidida a pouco mais de meia hora do fim, Fernando Alonso, Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima iriam sagrar-se campeões, face à vantagem pontual que tinham no campeonato sobre os seus companheiros de equipa.

Embora Mike Conway se tenha mostrado o piloto mais rápido do ‘clã’ Toyota ao longo de toda prova, o britânico, juntamente com Kamui Koboyashi e Jose Maria Lopez tiveram de se contentar com o segundo posto na corrida e no campeonato. O ciclo de paragens, com um último reabastecimento a 20 minutos do fim, acabou por sentenciar o resultado da tripla do Toyota # 7.

Os muitos problemas sentidos pelos Rebellion foram aproveitados pela SMP Racing para levar o seu melhor RB1, o # 11 à terceira posição, permitindo ao ex-piloto de Fórmula 1, Stoffel Vandoorne subir ao pódio na sua estreia, sendo fundamental no resultado conseguido ao lado dos russos Mikhail Aleshin e Vitaly Petrov.

A quarta posição do Rebellion # 1, de Neel Jani, André Lotterer e Bruno Senna é um ‘magro’ consolo para a formação suíça, cujo R13 # 3 ocupou o terceiro posto durante grande parte da corrida, antes de Thomas Laurent e Gustavo Menezes terem sofrido vários percalços.

Em LMP2, e apesar de durante a noite terem perdido a liderança para a G-Drive, a Signatech Alpine garantiu o triunfo, conseguindo finalmente um triunfo que lhe vinha fugindo nos últimos anos, após uma condução soberba de Nicolas Lapierre, Pierre Thiriet e André Negrão no Alpine A470 # 36.

Com os problemas da G-Drive e também da TDS Racing, a Jackie Chan DC Racing conseguiu a segunda posição através do Oreca # 38 de Ho-Pin Tung, Stéphane Richelmi e Gabriel Aubry, reletando o Oreca # 28 da TDS para o terceiro posto, permitindo a Matthieu Vaxiviére, Loic Duval e François Perrodo ao pódio.

Um pódio que Filipe Albuquerque, Paul di Resta e Phil Hanson falharam por pouco, muito pelo diferencial do Ligier JSP127 # 22 da United Autosports face aos Oreca e ao Alpine.

Muito embora a Porsche e a Corvette tenham estado ‘em liça’ na luta pela vitória da categoria GTE Pro, no final foi a Ferrari a celebrar o triunfo, através de Alessandro PierGuidi, James Calado e Daniel Serra, que tiveram na consistência e no evitar de problemas a ‘receita’ do sucesso, levando o F488 GTE # 51 ao êxito, depois dos problemas no 911 # 92 de Kevin Estre e do C7 R # 63 de Jan Magnussen.

A Porsche teve de se contentar com a segunda posição do # 91, tripulado por Richard Lietz, Ginamaria Bruni e Fred Makowiecki, enquanto Estre e Michael Christensen celebraram o título mundial da categoria, apesar de terem terminado na 10ª posição.

Já António Félix da Costa fez a prova possível aos comandos do BMW M8 GT # 82 que dividiu com Augusto Farfus e Jesse Krohn. Durante grande parte da corrida rodou fora do top dez, mas vários problemas de adversários acabaram por permitir à tripla terminar na sétima posição, ainda que a várias voltas dos vencedores.

Classificação
1º Buemi/Nakajima/Alonso (Toyota) 385 voltas
2º Conway/Kobayashi/Lopez (Toyota) + 16,972s
3º Petrov/Aleshin/Vandoorne (BR) + 6 voltas
4º Jani/Lotterer/Senna (Rebellion) + 9 voltas
5º Laurent/Berthon/Menezes (Rebellion) + 15 voltas
6º Lapierre/Negrão/Thiriet (Alpine) + 17 voltas
7º Tung/Richelmi/Aubri (Oreca) + 18 voltas
8º Vaxiviére/Perrodo/Duval (Oreca) + 19 voltas
9º Albuquerque/Hanson/Di Resta (Ligier) + 20 voltas
10º Lafarge/Chatin/Rojas (Oreca) + 21 voltas

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