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“Feridas do CDS não são de 2020, são de 1998”, diz Nuno Melo

O eurodeputado Nuno Melo admitiu candidatar-se à liderança do CDS em 2022 e afirmou que o atual presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, tem enfrentado uma “fratura” que já vem desde 1998.

Nuno Melo, que foi vice-presidente do CDS, afirmou que Francisco Rodrigues dos Santos “é bem-intencionado”, mas não conseguido “vencer a batalha da comunicação” por “culpa” de “uma ideia de inexistência do CDS que não corresponde à realidade”.

O mandato de Francisco Rodrigues dos Santos expira em 2022 e, até lá, é preciso recuperar os “referenciais” do partido, “sarando simbolicamente as feridas de 1998”.

“Não são as feridas de 2020, são as de 1998, de um tempo em que o CDS mostrou um friso extraordinário de pessoas que realmente fizeram toda a diferença”, sustentou Nuno Melo, lembrando que nesse ano o partido tinha como protagonistas Manuel Monteiro, Paulo Portas, António Lobo Xavier, Luís Nobre Guedes, Maria José Nogueira Pinto, Narana Coissaró e Manuela Moura Guedes, entre outros.

“Esse friso significava que o CDS contava e contava pela excelência desses quadros. Esse quadro permitiu que o CDS rapidamente superasse os 4%. Depois, 1998, por razões já históricas significa uma fractura. E essa fractura ainda hoje persiste”, insistiu o antigo vice-presidente centrista.

Depois de um outro ex-dirigente, Adolfo Mesquita Nunes, ter vindo a público pedir um congresso antecipado, Nuno Melo admitiu vir a concorrer à liderança, durante uma entrevista ao jornal Público.

“Ou temos um congresso antecipado e uma disputa que já se entendeu que terá o Adolfo como candidato – eventualmente o Francisco e outros que apareçam – e o pôr tudo em cima da mesa pode ser quase catártico… Ou, se o CDS cumprir o seu ciclo e o congresso acontecer em 2022, ninguém se deve excluir dessa discussão. Eu próprio não excluo, se o congresso for em 2022, aí ser candidato, se nada se alterar”, afirmou.

“Se, em 2022, fizer sentido uma mudança de ciclo, ninguém de bom senso se poderá excluir, achando que tem essa capacidade e que o partido o possa desejar. Caso acontecesse comigo, nunca gostaria que fosse contra o Francisco Rodrigues dos Santos, mas com ele e outros que há anos estão afastados da vida do CDS”, finalizou Nuno Melo.

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