O sindicalista acusa o Ministério de estar a “tentar resolver os problemas que criou, à custa da instabilidade dos professores”, a qual é visível nos cerca de 11 mil docentes que estão inseridos nos QZP. Se esses profissionais não têm colocação é “por culpa do MEC”, pois se ficaram com “horário zero” é porque o Governo reduziu o número de professores colocados e com turmas atribuídas, salientando como exemplo a criação dos mega-agrupamentos.
Apesar de rejeitar a proposta, Mário Nogueira desvalorizou o facto de não ter estado presente na reunião em que o MEC apresentou a proposta. Lembrando que a decisão válida é a que for aprovada pelo secretariado nacional da Fenprof, o dirigente recordou que a estrutura já criticara, no ano passado, um eventual alargamento dos QZP.
“Ainda mais dificuldades”
Da parte da Federação Nacional de Educação (FNE), o secretário-geral João Dias da Silva considerou que a proposta da tutela “vem acrescentar ainda mais dificuldades às que os professores já sentem todos os dias”.
O responsável esteve presente no encontro e promete levar o caso a todos os sindicatos filiados na FNE (mas só depois da próxima reunião com o MEC, amanhã), tendo ressalvado, citado pela Lusa, que nenhum dirigente sindical teve acesso a qualquer informação prévia sobre a proposta ou sobre qualquer fundamentação que justifique “um novo desenho” das QZP.
Dias da Silva sublinhou que não vê, “à partida, como o redimensionamento pelo redimensionamento possa trazer vantagens para os professores”.
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