Desporto

Federação de Canoagem aguarda por apoios ao Europeu

miguel_santosO Governo ainda não tomou uma decisão oficial sobre o apoio do Campeonato da Europa de canoagem para sub-23 e juniores, agendados para Montemor-o-Velho, em julho. O alerta partiu do presidente da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC), que salientou também ser necessário concluir o Centro de Alto Rendimento (CAR).

“Neste momento, tudo tem decorrido com normalidade na parte organizativa da Federação. Estamos a fazer o nosso caminho. Estamos é com algumas preocupações com o que tem a ver com o financiamento e participação do estado português nesta organização, bem como com a finalização das obras no Centro de Alto Rendimento (CAR)”, afirmou Mário Santos, em declarações à Lusa.

O dirigente da FPC recorda que “à data da candidatura à organização do evento tivemos o apoio formal do Estado”, mas que desde então nunca surgiu qualquer definição, nem sequer “o montante da comparticipação”, fundamental para uma competição que “vai reunir mais de mil atletas, de 35 países”.
A pré-candidatura aos Europeus, competição que se vai realizar pela primeira vez em Portugal, foi orçamentada em 700 mil euros, tendo a FPC solicitado uma comparticipação “à volta dos 200 mil euros”.

Mário Santos explicou ainda que o CAR não tem capacidade estrutural para acolher o Campeonato da Europa, sendo preciso “um investimento maior” num equipamento que, para além dos Europeus sub-23 e júnior de 2012, vai ser o palco do Campeonato da Europa de 2013, da Taça do Mundo de 2014 e dos Mundiais sub-23 e júnior de 2015.

“Além do CAR não estar disponível para ser utilizado na sua plenitude (neste momento está encerrado, pois não tem água nem luz) aguardamos a conclusão de tudo o que tem a ver com algumas componentes técnicas”, precisou o dirigente, exemplificando com “a falta do sistema de largadas, do balizamento e de todo o sistema técnico de cronometragem e de «photo-finish»”.

A FPC tem vindo “a trabalhar com a Câmara para encerrar o processo”, mas o presidente não esconde a preocupação: “os concursos estão em fase avançada, mas não temos a oportunidade de poder testar estes equipamentos, fundamentais para a realização do evento”.

“O CAR envolveu um grande projeto de expropriações. E tem algumas vicissitudes técnicas. Esperemos que, com este Europeu, isso seja resolvido definitivamente, bem como a definição do modelo de financiamento do equipamento, pois a Federação vive na incerteza sobre a utilização do centro e em que termos o poderá utilizar”, complementou.

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