Desporto

“Fechem-se, treinem, testem e joguem. Ou então vão de férias e voltem com lamúrias em agosto. Nessa altura já ninguém vos ouve”

O regresso do campeonato tem dado que falar e, nos últimos dias, várias têm sido as dúvidas e incertezas manifestadas por alguns protagonistas do desporto nacional quando às regras e recomendações para que a Liga portuguesa seja retomada.

Ricardo Costa, diretor-geral de informação do grupo Impresa, que tem sob o seu domínio a SIC e o jornal Expresso, entre outros meios de comunicação, dedica-se ao tema num artigo de opinião no jornal Expresso, onde deixa claro que os agentes desportivos deviam deixar-se de “lamúrias”.

“O futebol pode ser adiado? Pode, mas é um erro”, escreve Ricardo Costa no título do artigo onde lembra que o futebol devia deixar as “comparações” que faz com áreas de atividade onde “impera o desemprego, os maus salários e os verdadeiros grupos de risco”.

“Fechem-se, treinem, testem e joguem. Ou então vão de férias e voltem com lamúrias em agosto. Nessa altura já ninguém vos ouve”, atirou o diretor da SIC.

Numa altura em que alguns jogadores, entre os quais o capitão do FC Porto, Danilo, e agora os árbitros manifestarem dúvidas e reservas relativamente às condições divulgadas pelas autoridades de saúde no Código de Conduta para que seja retomado o campeonato, Ricardo Costa entende que estes devem retomar os seus trabalhos, como vem sendo pedido à generalidade da sociedade portuguesa, após o confinamento provocado pela pandemia.

O diretor da SIC e do Expresso lembra que que “quem assiste ao debate que existe desde domingo”, relativamente à forma como a Direção-Geral da Saúde (DGS) pretende que seja assinado um código de conduta para o recomeço desta modalidade, dá uma importância ao futebol que “não tem nem merece”.

A DGS, recorde-se, enviou à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) o parecer técnico com as condições exigidas para o regresso da I Liga e da final da Taça de Portugal.

Deste parecer constam a realização de dois testes à covid-19, um 48 horas antes do jogo e outro o mais perto possível do encontro, e o dever de se manterem em recolhimento domiciliário, podendo apenas sair para treinar ou jogar.

No primeiro ponto do parecer lê-se que “a FPF, a LPFP, os clubes participantes na I Liga e os atletas assumem, em todas as fases das competições e treinos, o risco existente de infeção por SARS-CoV-2 e de covid-19, bem como a responsabilidade de todas as eventuais consequências clínicas da doença e do risco para a Saúde Pública”.

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