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FC Porto/Taça da Liga: Ricardo Costa acusa clube de “falta de profissionalismo”

“Os encontros daquela fase determinavam quem passava às meias-finais. Os jogos tinham de ocorrer à mesma hora. E foram marcados por acordo entre todos os clubes”, diz Mário Figueiredo, rebatendo os argumentos do FC Porto, que não aceita uma eventual desclassificação da Taça da Liga, por questões administrativas.

Também Ricardo Costa, ex-presidente da Comissão Disciplinar da Liga, acusa o Porto de falta de profissionalismo, por cometer o erro de atropelar os regulamentos das competições, que impedem o uso de jogadores nas equipas B e nas equipas principais em jogos com intervalo inferior a 72 horas.

“Clubes profissionais devem ter pessoas capazes. Isto não é culpa dos treinadores, dos jogadores. As equipas com equipas B têm uma responsabilidade acrescida”, salienta Ricardo Costa.

O jurista entende ainda que os clubes devem ter “recursos humanos mais competentes, mais profissionalizados, porque a competição é profissional”.

Recorde-se que a equipa do FC Porto, qualificada para as meias-finais da Taça da Liga, poderá ser desclassificada da prova, em virtude de utilização irregular de três jogadores: Fabiano, Abdoulaye e Seba.

Os atletas representaram a equipa portista, no jogo da terceira ronda (Grupo A) da Taça da Liga, que terminou com triunfo do FC Porto por 1-0, contra o Vitória de Setúbal, a 9 de janeiro. Como o encontro começou às 17h30, não tinham sido cumpridos as 72 horas regulamentares, desde o jogo da equipa B do FC Porto, 71 horas e 45 minutos antes.

E este facto choca com o Regulamento de Competições da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, segundo o qual “qualquer jogador apenas poderá ser utilizado pela equipa principal ou equipa B decorridas que sejam 72 horas após o final do jogo em que tenha representado qualquer uma das equipas, contadas entre o final do primeiro jogo e o início do segundo”.

De acordo com a pena a aplicar, neste tipo de incumprimento o clube é “punido, no caso de provas por pontos, com as sanções de derrota e de subtração de pontos a fixar entre o mínimo de dois e o máximo de cinco pontos”, além de uma multa.

Com a derrota no jogo, os três pontos serão entregues ao Vitória de Setúbal, sendo que os sadinos passariam a ocupar o primeiro lugar do grupo e seriam qualificados para as meias-finais, onde já estão Benfica, Braga e Rio Ave.

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