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Farmácias falam de “enorme atraso” do Governo Regional da Madeira

medicamentos4Associação Nacional de Farmácias solicita “compreensão” às pessoas que sofrem os efeitos da suspensão de venda de medicamentos a crédito, que está em vigor desde 9 de janeiro, mas lembra que há um “enorme atraso” do Governo Regional da Madeira, no pagamento de uma dívida de 77 milhões de euros.

Em reação às extremas dificuldades dos madeirenses em comprar medicamentos, a Associação Nacional de Farmácias (ANF) emitiu um comunicado, onde pede “compreensão” para a decisão de suspender a venda de fármacos a crédito.

A medida, que vigora desde 9 de janeiro, deve-se a “um enorme atraso” no pagamento de dívidas às farmácias, por parte do Governo Regional da Madeira, salienta a ANF, que justifica o fim do crédito como única alternativa.

“Prolongar esta situação conduziria a uma rutura do abastecimento de medicamentos”, sublinha ainda a ANF. Os madeirenses são obrigados a pagar “integralmente os medicamentos”, antes de solicitar o reembolso ao Governo Regional.

A associação exige ainda o pagamento da dívida “no período de oito anos”, que ficou estabelecido num acordo entre as partes, e só depois retomarão a venda de fármacos a crédito.

Verba desviada para os construtores

Este caso foi suscitado por uma decisão do Governo Regional da Madeira, que em dezembro optou por não pagar às farmácias, canalizando o dinheiro para as empresas privadas de obras públicas.

Segundo o Diário de Notícias, Alberto João Jardim preferiu deixar as farmácias para segundo plano, o que levou a uma consequências: o fim da venda de medicamentos a crédito. Muitos madeirenses ficaram sem possibilidade de comprar fármacos.

Perante esta realidade, a ANF pediu “compreensão” aos madeirenses. As dívidas às farmácias rondavam, em dezembro, os 77 milhões de euros, adianta o DN, sendo que o Governo Regional da Madeira pagou mais de 86 milhões às empresas.

O Governo Regional justificou esta opção, através de Ventura Garcês, secretário das Finanças, que justificou a opção de pagar as obras com a necessidade de “aproveitar fundos comunitários”.

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