Farfetch cumpriu o sonho de içar a bandeira portuguesa na bolsa de Nova Iorque

A Farfetch tornou-se hoje na primeira empresa tecnológica portuguesa no mercado de valores mundial e içou, literalmente, a bandeira de Portugal no edifício da maior bolsa de valores do mundo, em Nova Iorque.

“Colocar a bandeira portuguesa no New York Stock Exchange (NYSE) era um dos pequenos sonhos que tínhamos e que foi realizado hoje”, disse José Neves, fundador da empresa, numa entrevista à Lusa.

O empreendedor português fez questão que a bandeira portuguesa estivesse içada neste dia em que a Farfetch se estreou no mercado de valores mundial a 27 dólares por ação e pouco depois já passava dos 30 dólares.

“Hoje foi um dia fantástico de celebração. Este dia é para equipa”, afirmou José Neves.

“Eu sei que todos os nossos escritórios internacionais, incluindo os escritórios de Portugal, celebraram com muita alegria. O trabalho é deles, os resultados são deles”, adiantou, agradecendo à “equipa fantástica de três mil pessoas”, das quais metade tem nacionalidade portuguesa.

Sem adiantar números nem mercados a conquistar nas próximas etapas, José Neves afirmou que, depois desta oferta inicial pública, “começa o segundo capítulo”.

“Não damos números concretos, mas vamos continuar a empregar mais pessoas e a gerar mais emprego”, garantiu.

O empresário referiu que desde a fundação da empresa, em 2007, estes 11 anos serviram para criar relacionamentos “fantásticos” com as marcas e “estabelecer a presença internacional” da Farfetch, que se encontra agora nos principais mercados de luxo.

A Farfetch é uma plataforma global no setor da moda de uma indústria que fatura mais de 300 mil milhões de dólares anuais, a indústria de luxo.

Segundo o gestor, atualmente, apenas 9 por cento das vendas de luxo acontecem na Internet, mas o número vai mudar para 25 por cento nos próximos dez anos, que representam 100 mil milhões de dólares (85 mil milhões de euros), um crescimento “exponencial”.

“Penso que a oportunidade para o setor de luxo ‘online’ é enorme”, considerou o empresário.

A Farfetch orgulha-se de ser o único ‘marketplace’ do mercado de luxo e não ter concorrentes nesse modelo de negócio, mas admite ter de disputar a atenção do cliente, que pode comprar em diversos ‘sites’, mas que não oferecem o mesmo serviço.

Além de ser a única que não vende nada seu, o crescimento da Farfetch na primeira metade do ano de 2018 foi de 60 por cento, o que deu a esta empresa luso-britânica mais quota de mercado.

O que se segue são “mais dez anos de crescimento, de inovação e continuar a construir uma empresa que é gerida com base num sentido de cultura e de valores muito fortes”, sustentou José Neves.

Um dos valores que a Farfetch agora assume é ser uma inspiração para outras empresas.

“Espero que este lançamento em bolsa seja uma inspiração para outros empreendedores em Portugal. As ‘startup’ portuguesas estão a ter muito sucesso”, declarou José Neves, numa alusão ao programa de aceleração de ‘startup’ da Farfetch, o Dream Assembly, que dá aos empreendedores participantes conhecimentos e contactos na indústria de luxo.

Lusa

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