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Famílias com filhos estão a poupar, agregados sem dependentes gastam cada vez mais

Um inquérito do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as despesas familiares revela que os agregados com filhos gastam, em média, mais 658 euros por mês, em comparação com as famílias que não têm filhos dependentes.

O Inquérito às Despesas das Famílias (IDEF) 2015/2016, divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, demonstra que os agregados sem filhos estão a gastar cada vez mais, ao contrário das famílias com filhos, que estão em modo de poupança.

Cada agregado familiar com dependentes gasta em média 25 892 euros por ano. Em 2010/2011, altura em que foi divulgado idêntica análise por parte daquele instituto, o valor atingia os 26 775 euros anuais.

Este estudo revela, assim, que houve uma poupança generalizada, nas famílias com filhos: menos 74 euros mensais em 2015 e 2016, em comparação com 2010 e 2011. Há uma poupança de 3,3 por cento.

“Os resultados provisórios do IDEF 2015/2016 indicam ainda que a despesa média anual dos agregados familiares com crianças dependentes é 44 por cento mais elevada do que a despesa média das famílias sem crianças dependentes”.

Por seu turno, os agregados sem dependentes aumentaram a despesa em 7,7 pontos percentuais, de 16 705 euros para 17 997 euros, o que perfaz uma média de 108 euros mensais.

Nestas duas tipologias de famílias, notam-se diferenças no tipo de despesa: quando não há filhos, gasta-se mais em habitação (mais 34 por cento). Com filhos dependentes, destaca-se a saúde.

“O peso das despesas em saúde é relativamente mais elevado para as famílias sem crianças dependentes em que existe pelo menos um idoso, representando 9,3 por cento no caso dos idosos que vivem sós e 8,2 por cento no caso das famílias constituídas por dois ou mais adultos, em que pelo menos um deles é idoso”, realça o INE.

No caso dos agregados compostos por idosos, as maiores despesas estão na habitação, na água, na eletricidade e noutros combustíveis (que não automóveis).

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