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Famílias de Loures desalojadas após incêndio em paiol vão ter renda apoiada

As 14 famílias de Sacavém que ficaram desalojadas em maio, na sequência de um incêndio, vão ser realojadas em habitações com renda apoiada, disse hoje à agência Lusa fonte da Câmara Municipal de Loures.

No passado dia 19, um incêndio numa zona de mato, em Sacavém, no distrito de Lisboa, atingiu as instalações de um antigo paiol do Exército, da responsabilidade do Ministério da Defesa, desalojando 14 famílias, constituídas por 37 pessoas, das quais 20 são adultos e 17 menores.

Essas famílias encontram-se, desde essa data, a pernoitar no ginásio do quartel dos Bombeiros de Sacavém, ao mesmo tempo que várias entidades têm reivindicado uma solução de realojamento imediato.

Esta manhã, em declarações à Lusa, o adjunto do presidente da Câmara Municipal de Loures para a área social, Nuno Abreu, referiu que a autarquia já conseguiu encontrar, juntamente com o Governo e com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), uma “solução intermédia” para as famílias.

Segundo explicou o responsável municipal, as 14 famílias irão ser realojadas em fogos arrendados, mas terão um apoio de 100 por cento ao arrendamento, durante um período de 12 meses, no âmbito de programa estatal Porta de Entrada.

Este programa de apoio ao alojamento urgente destina-se a financiar soluções habitacionais para acolhimento temporário ou residência permanente de agregados que ficaram privados das suas habitações ou que estão em risco iminente de ficar nessa situação.

“Estamos neste momento à procura no mercado de fogos que correspondam às tipologias de que necessitamos. Trata-se de uma solução intermédia, que nos permite ganhar tempo para trabalharmos numa solução futura definitiva”, ressalvou Nuno Abreu.

Entretanto, durante a manhã, as famílias foram visitadas por uma comitiva do Bloco de Esquerda.

No final da visita, em declarações à Lusa, o presidente da concelhia do Bloco de Esquerda de Loures, Fabian Figueiredo, defendeu a necessidade de ser encontrada uma solução “rapidamente”.

“O que encontramos aqui é um drama humano. Pessoas cada vez mais desesperadas. É inaceitável que os poderes públicos ainda não tenham encontrado uma solução”, lamentou.

O antigo paiol, onde viviam estas famílias, é, desde 1989, propriedade da Empordef, `holding´ estatal que gere as participações públicas nas empresas de Defesa e que é tutelada pelo Ministério da Defesa.

Há uma semana, o presidente da autarquia de Loures, Bernardino Soares, foi recebido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa, com alguns dos desalojados, apelando para uma “solução imediata” para realojar as famílias.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: Loures

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