Cultura

Uma família podia ter um Caravaggio, perdido no sótão, avaliado em 120 milhões

caravaggio no sotao

Uma versão de ‘Judite e Holofernes’, que pode ter sido pintada pelo mestre do barroco Caravaggio, foi descoberta por acaso. A confirmar-se a autoria, a obra pode valer mais de 120 milhões de euros. Estava ‘escondida’ no sótão de uma família francesa.

Há muitas histórias sobre tesouros, sobretudo sentimentais, escondidos nos sótãos. Mas uma família que mora nos arredores de Toulouse, no sul de França, pode ter descoberto 120 milhões de euros, na forma de um quadro pintado por Michelangelo Merisi, mais conhecido por… Caravaggio.

O achado foi em 2014, mas ainda não foi possível confirmar quem foi o verdadeiro autor da obra. Muitos especialistas acreditam que Caravaggio pintou uma segunda versão da cena bíblica em que a judia Judite decapita Holofernes, o poderoso general de Nabucodonosor.

‘Judite e Holofernes’, de autoria confirmada de Caravaggio, está exposto na Galeria Nacional de Arte Antiga, em Roma (Itália), e apresenta várias semelhanças com o quadro encontrado pela família francesa, como o uso de cortinados vermelhos para enquadrar a cena.

Ontem, a equipa de peritos do gabinete de Eric Turquin, de Paris, convocou os jornalistas para anunciar que a obra “recentemente descoberta” num sótão é “de grande valor artístico e podia ser identificada como uma composição desaparecida de Caravaggio”.

Sendo isso verdade, a preciosa obra de arte terá estado mais de quatro séculos escondida. Só no sótão da moradia onde foi encontrada terá passado pelo menos 150 anos.

A ser mesmo da autoria de Caravaggio, a tela terá um valor de 120 milhões de euros, na estimativa do gabinete do conhecido especialista em arte antiga.

Mas outros peritos, como a reputada Mina Gregori, acreditam que a pintura será de Louis Finson, um pintor francês contemporâneo do mestre italiano e que ganhou fama pelas cópias das obras de Caravaggio.

O ‘desempate’ cabe ao Museu do Louvre, já depois do Ministério da Cultura ter classificado a obra como ‘Tesouro Nacional’, impedindo assim que a tela saia de França durante os próximos 30 meses.

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