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Falsas versões do videojogo Diablo III ameaçam computadores

diablo_iii_virusA há muito esperada nova versão do videojogo Diablo III veio acompanhada de uma avalanche de fraudes de phishing e spam criadas para aproveitar as fraquezas do título da Blizzard.

A Bitdefender, provedor de inovadoras soluções de segurança para a Internet, detetou uma série de falhas e fraudes associadas ao novo videojogo da Blizzard, o Diablo III, poucos dias depois do seu lançamento a 15 de maio.

Quando a fase beta já está bem longe e as fraudes de phishing com as credenciais de acesso se apresentam como insignificantes, estão ainda por ver todas as falhas associadas a este evento. Por exemplo, alguns sites de origem duvidosa estão a aliciar os fãs do Diablo III com truques e versões pirata que ou estão em desenvolvimento ou disponíveis para download imediato.

Antes que possa realmente começar a descarregar o ‘falso’ Diablo III terá, primeiro, que responder a um pequeno inquérito que “demorará no máximo 1 ou 2 minutos”. Claro que o inquérito em questão não tem nada que ver com o jogo nem ajudará a descarregá-lo.

O site ‘Diablo III Crack’ é um exemplo de como os scammers tiram vantagem da curiosidade e relutância dos utilizadores em comprar o jogo para espalhar malware e recolher todo o tipo de dados pessoais. Logicamente foram criados milhares de páginas online contendo as expressões "Diablo III" e ‘crack’ que podem servir como plataformas de distribuição de malware, o que significa que o utilizador terá que ter redobrados cuidados quando navega online.

É pouco provável que versões piratas do Diablo III apareçam tão cedo, uma vez que a Blizzard desenvolveu bastantes esforços para reforçar as medidas de segurança, de modo a prevenir estas situações. Por exemplo, a criação de personagens no jogo exige uma sincronização com o servidor da Blizzard, pelo que é obrigatório uma ligação à Internet fidedigna se não quiser receber o infame alerta ‘Error 300008 when creating character’.

O site mencionado anteriormente também contém um contador de tráfego que parece indicar que bastantes pessoas o tê-lo-ão visitado e que muitos utilizadores terão procurado uma forma válida de descodificar o jogo. Quer estes números sejam verdadeiros ou não, são de pouco significado – uma vez que informam apenas dos potenciais perigos que os utilizadores correm ao expor-se às visitas nestas páginas online.

Tentando tirar o máximo deste frenesim criado em torno do Diablo III, os criadores de malware podem tirar partido da oportunidade e começar a lançar falsos descodificadores do jogo infetados com malware, apenas para pequenas brincadeiras à custa dos utilizadores.

Ainda que a maioria dos utilizadores usam software de proteção antivírus que avisam dos potenciais perigos e ameaças de malware, estes podem desligar as notificações e descurar na segurança em troca de umas horas com o Diablo III.

A parte perigosa é que o utilizador acaba por infetar-se a si próprio e expor dados pessoais – e possivelmente de contas bancárias – a indivíduos com más intenções. Eventos passados mostram que o elevado perfil dos jogos é usado para difundir malware através de descodificadores e geradores de chaves de acesso que poderão ou não funcionar.

Os localizadores torrent são os meios preferidos para espalhar este tipo de descodificadores, mas os utilizadores devem também estar atentos a sites (como o apresentado) que dizem ter versões inteiras descodificadas disponíveis para download. Há sempre um senão.

É também de esperar algum spam envolvendo as contas de autenticação da Blizzard ou questões ligadas às licenças do Diablo III que precisam confirmação das credenciais do utilizador ao entrar numa página falsa do site da Blizzard. Por muito que o e-mail possa parecer convincente, é de evitar clicar em qualquer link anexo e verificar sempre a página oficial para aceder a informações e detalhes.

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