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Falhanço da austeridade

austeridade cartoonausteridadeOs efeitos da austeridade e os sucessivos pacotes apresentados para compensar os resultados pouco eficazes de medidas anteriores, acabaram por resultar numa redução do défice público de 9,1% do PIB em 2010 para 4,9% em 2013. Porém a dívida pública cresceu! O objetivo era não deixar que se ultrapasse o valor de 115,3% do PIB em 2013, mas a verdade é que chegou no final de 2013 aos 128,8% do PIB. De acordo com as contas da troika e do Governo, o plano de consolidação orçamental com a austeridade delineada daria para colocar o défice em 3% e a dívida em 115% do PIB.

Como é evidente foi um falhanço rotundo e mais que evidente. Os efeitos da austeridade no consumo e no emprego puseram por terra este desiderato. A actividade em queda livre e o desemprego a subir a um ritmo vertiginoso, tomaram-se medidas contraproducentes como a criação da taxa adicional do IRS e o aumento do IVA. Todavia o impacto da carga reforçada de austeridade não resultou e a evolução das contas públicas não tem sido a melhor.

A meta do défice e da divida pública não foram atingidos porque a economia ao entrar em recessão, as receitas fiscais registaram uma quebra acentuada (2569 milhões de euros) apesar de se terem tomada medidas para cobrar mais impostos. A queda da economia fez com que o consumo descesse muito e o investimento no emprego.

O único indicador económico que resistiu foi – as exportações, mas não tem um impacto significativo na cobrança de impostos.

Por outro lado, o desemprego e as dificuldades de muitos portugueses levaram ao aumento de prestações socais que se reflecte na subida de despesa.

A verdade é que a austeridade de 30 mil milhões de euros não chegou para cumprir a meta do défice.

Não sou economista mas sei ler os números e interpretá-los. Se não se der rapidamente um incentivo à criação de emprego caminhamos para um beco sem saída.

O emprego gera cobrança de impostos e liberta a despesa no subsídio de desemprego. Simples contas de merceeiro no livro do, deve e haver. Ao cortar-se numa parcela aumenta-se na outra e vice-versa.

Não sei o que governo está a pensar?! Porventura à espera que os desempregados cessem o direito ao subsídio de desemprego e fiquem ao Deus-dará e entregues à sua sorte. Assim conseguir-se-á diminuir à despesa.

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