Quaresma comentou pela primeira vez os motivos apresentados por Paulo Bento para não ser chamado a disputar o Mundial. “Acho que criaram o mito de que eu não defendo”, argumentou o extremo: “ainda não entendo a justificação do selecionador, mas respeito”.

Quaresma foi o principal ausente da convocatória de Paulo Bento para o Campeonato do Mundo, mas manteve-se em silêncio sobre o assunto enquanto Portugal se manteve em prova.

Depois do afastamento, o extremo deu uma entrevista conjunta, à TVI e ao Maisfutebol, a admitir que não compreende a justificação que recebeu do técnico.

“Sinceramente, ainda não entendo a justificação do selecionador, mas respeito. Acho que criaram o mito de que eu não defendo”, comentou o ‘Harry Potter’.

E o que pensa Quaresma sobre o facto de Paulo Bento não se ter demitido, mesmo depois de afirmar que assumia as responsabilidades pela decepcionante campanha da Seleção? Nada, desviou o jogador: quem tem de pensar sobre isso é o próprio Paulo Bento, a quem compete decidir se tem “qualidade e talento” para alcançar os objectivos propostos.

Uma Seleção Nacional que poderá ou não ter Quaresma, que se mantém disponível para ajudar caso seja convocado.

“Acho que não sou eu que tenho de dizer se é bom ou se é mau”, respondeu o extremo, lembrando a meia época que fez no FC Porto para contrariar “o mito” de que não defende: “estou um jogador diferente, de equipa”.

Caso volte a ser convocado por Paulo Bento, Quaresma terá de disputar a mesma posição com o melhor jogador do mundo. Algo que não será problema, afiançou, pois Cristiano Ronaldo não pode jogar sozinho.

“Nenhum jogador do mundo consegue resolver um jogo, se não tiver os colegas atrás, assim como os outros jogadores não se sentem bem por falarem só num jogador”, explicou.